{"title":"半机械人解剖学课程:机器与生物共存?","authors":"Débora Aymoré","doi":"10.5380/petfilo.v23i1.93205","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A metáfora do ciborgue é um constructo epistêmico relativamente recente. Publicado em 1985, o Cyborg Manifesto, de Donna Haraway, mobilizou o imaginário acadêmico-cultural apontando para a emergência do híbrido de máquina e organismo, indicando o nó produzido nas linhas de sentido históricas, vivenciadas na fusão entre técnicas (bio-info-cogno) e nós, os organismos vivos; tornando-se, assim, matriz da filosofia ciborgue. Academicamente, coube a Thierry Hoquet anatomizar o ciborgue na obra Filosofia Ciborgue: pensar contra dualismos (publicada em Português no ano de 2019 e, no original, em 2011), fenômeno este que aparece no século XX com características próprias, desafiando categorias epistemológicas estanques, cuja pretensão é definir os limites entre o humano e o não humano, entre o que é próprio da natureza e o que é parte da cultura.","PeriodicalId":503369,"journal":{"name":"Cadernos PET-Filosofia","volume":"40 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Lições de anatomia ciborgue: coexistência entre máquinas e organismos?\",\"authors\":\"Débora Aymoré\",\"doi\":\"10.5380/petfilo.v23i1.93205\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A metáfora do ciborgue é um constructo epistêmico relativamente recente. Publicado em 1985, o Cyborg Manifesto, de Donna Haraway, mobilizou o imaginário acadêmico-cultural apontando para a emergência do híbrido de máquina e organismo, indicando o nó produzido nas linhas de sentido históricas, vivenciadas na fusão entre técnicas (bio-info-cogno) e nós, os organismos vivos; tornando-se, assim, matriz da filosofia ciborgue. Academicamente, coube a Thierry Hoquet anatomizar o ciborgue na obra Filosofia Ciborgue: pensar contra dualismos (publicada em Português no ano de 2019 e, no original, em 2011), fenômeno este que aparece no século XX com características próprias, desafiando categorias epistemológicas estanques, cuja pretensão é definir os limites entre o humano e o não humano, entre o que é próprio da natureza e o que é parte da cultura.\",\"PeriodicalId\":503369,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos PET-Filosofia\",\"volume\":\"40 3\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-02\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos PET-Filosofia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5380/petfilo.v23i1.93205\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos PET-Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/petfilo.v23i1.93205","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
半机械人隐喻是一种相对较新的认识论建构。唐娜-哈拉维(Donna Haraway)于 1985 年发表的《机械人宣言》(Cyborg Manifesto)调动了学术界和文化界的想象力,指出了机器与有机体混合体的出现,指出了在技术(生物信息认知)与我们(活的有机体)融合过程中所经历的意义历史脉络中产生的症结,从而成为机械人哲学的基质。在学术上,蒂埃里-霍凯(Thierry Hoquet)在其著作《半机械人哲学:反对二元论的思考》(Filosofia Ciborgue: pensar contra dualismos)(葡萄牙语版于2019年出版,原著于2011年出版)中对半机械人进行了剖析,这种现象出现在20世纪,有其自身的特点,对严密的认识论范畴提出了挑战,这些范畴声称要界定人类与非人类、自然与文化之间的界限。
Lições de anatomia ciborgue: coexistência entre máquinas e organismos?
A metáfora do ciborgue é um constructo epistêmico relativamente recente. Publicado em 1985, o Cyborg Manifesto, de Donna Haraway, mobilizou o imaginário acadêmico-cultural apontando para a emergência do híbrido de máquina e organismo, indicando o nó produzido nas linhas de sentido históricas, vivenciadas na fusão entre técnicas (bio-info-cogno) e nós, os organismos vivos; tornando-se, assim, matriz da filosofia ciborgue. Academicamente, coube a Thierry Hoquet anatomizar o ciborgue na obra Filosofia Ciborgue: pensar contra dualismos (publicada em Português no ano de 2019 e, no original, em 2011), fenômeno este que aparece no século XX com características próprias, desafiando categorias epistemológicas estanques, cuja pretensão é definir os limites entre o humano e o não humano, entre o que é próprio da natureza e o que é parte da cultura.