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Do crepúsculo dos ídolos à adoração do cotidiano: ciberespaço e idealização do mundo virtual
Resumo: O avanço da internet propiciou uma situação em que a visibilidade que alguns indivíduos, grupos e entidades alcançam dentro de determinados círculos, e até mesmo em todo o globo, tem chegado a níveis de idolatria e reverência que só podem ser comparadas a um culto, uma religião ou seita. Essa construção de significados é processada através da chamada “autocomunicação de massa”, termo cunhado por Manuel Castells, na qual os próprios indivíduos estabelecem quem possui algum tipo de poder. E são essas novas relações midiáticas que constroem novos ídolos para adoração, elevados da noite para o dia da condição de mortais a deuses. O que se pretende apresentar neste texto é como a Teoria do Mundo Ideal de Platão explica a criação de um novo paraíso, um local idílico e perfeito dentro da internet e como, neste “novo céu”, os usuários da rede estão entronizando esses novos deuses e, consequentemente, prestando sua adoração, alimentando e dando poder a esse panteão forjado a partir de likes. Em contraposição a essa situação, iremos entender como a proposta da inversão das ideias de Platão, idealizada por Nietzsche, pode nos ajudar a compreender este fenômeno social e, quem sabe, superar esta idolatria. Palavras chaves: Platão; Mundo Ideal; Ciberespaço; Redes Sociais; Nietzsche.