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A retirada do útero é um procedimento que pode ser indicado por diversos motivos e que atravessa as pessoas de diferentes maneiras. Usualmente, o processo de adoecimento uterino pode ser causado por miomas benignos que resultam na histerectomia, e aqui é analisado através do relato de mulheres de camadas médias urbanas que passaram pelo procedimento. Neste artigo, além de apresentar a histerectomia e os principais itinerários terapêuticos até a cirurgia, busco refletir sobre a potencialidade do tema para a Antropologia da Saúde e do Gênero, visto que a decisão de retirar o útero perpassa as vivências com a maternidade e as reflexões sobre o significado deste órgão na vida das pessoas. Entendo que a pesquisa realizada teve seus limites metodológicos, baseando-se em 15 entrevistas semi-estruturadas com mulheres de camadas médias urbanas de Brasília. Nesse sentido, sugiro que o seguimento de investigações sobre adoecimentos uterinos, sobretudo a histerectomia, têm potencial para análises sob diversas perspectivas, especialmente por meio de novas metodologias e na diversificação dos atores envolvidos.