{"title":"从可说到可视,或反之亦然,以及 J.中象征性恢复的话语过程。","authors":"G. Costa","doi":"10.20396/cel.v65i00.8674218","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"J é o título de um dos nove curtas-metragens do projeto Marco Universal do ICEM. Tem tem 13 minutos de duração e refere-se a um líder comunitário de uma das favelas do Rio de Janeiro que denuncia a milícia e procura proteção policial de várias maneiras. O curta-metragem põe em cena os esforços do personagem e o seu desfecho. Este pôr em cena é o ponto central da formulação do discurso do curta-metragem, o qual se torna objeto de análise de trabalho. Considerando que “formular é dar corpo aos sentidos” e que a formulação não se refere a palavra em si, mas a um processo da produção do discurso, no qual “a linguagem ganha vida” e “a memória se atualiza” (ORLANDI, 2001, p. 9), busca-se observar que região de sentidos é atualizada no/pelo discurso do curta-metragem na relação com o tema dos direitos humanos contíguo a J. Assim este trabalho se sustenta sob dois prismas, um mais teórico e outro analítico. O primeiro consiste em propor posicionar o curta-metragem como uma peça de linguagem e, como tal, preconizar seu processo discursivo, deslocando-o de um lugar de observação empírica, cujo enfoque poderia ser dado a sua função, para analisá-lo em seu funcionamento. E sob o prisma de análise, este trabalho tenta explorar, pela via da descrição no contraponto com a interpretação, a formulação de um visível inexoravelmente atrelado ao dizível, como instância de atualização do interdiscurso, isto é, de um corpo de traços sócio-históricos, exterior, anterior e alhures, que formam memória (PÊCHEUX, 2011 [1966]). Como resultado, observa-se o processo discursivo de restituição simbólica da violência.","PeriodicalId":504771,"journal":{"name":"Cadernos de Estudos Linguísticos","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Do dizível ao visível, ou vice-versa, e o processo discursivo de restituição simbólica em J.\",\"authors\":\"G. Costa\",\"doi\":\"10.20396/cel.v65i00.8674218\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"J é o título de um dos nove curtas-metragens do projeto Marco Universal do ICEM. Tem tem 13 minutos de duração e refere-se a um líder comunitário de uma das favelas do Rio de Janeiro que denuncia a milícia e procura proteção policial de várias maneiras. O curta-metragem põe em cena os esforços do personagem e o seu desfecho. Este pôr em cena é o ponto central da formulação do discurso do curta-metragem, o qual se torna objeto de análise de trabalho. Considerando que “formular é dar corpo aos sentidos” e que a formulação não se refere a palavra em si, mas a um processo da produção do discurso, no qual “a linguagem ganha vida” e “a memória se atualiza” (ORLANDI, 2001, p. 9), busca-se observar que região de sentidos é atualizada no/pelo discurso do curta-metragem na relação com o tema dos direitos humanos contíguo a J. Assim este trabalho se sustenta sob dois prismas, um mais teórico e outro analítico. O primeiro consiste em propor posicionar o curta-metragem como uma peça de linguagem e, como tal, preconizar seu processo discursivo, deslocando-o de um lugar de observação empírica, cujo enfoque poderia ser dado a sua função, para analisá-lo em seu funcionamento. E sob o prisma de análise, este trabalho tenta explorar, pela via da descrição no contraponto com a interpretação, a formulação de um visível inexoravelmente atrelado ao dizível, como instância de atualização do interdiscurso, isto é, de um corpo de traços sócio-históricos, exterior, anterior e alhures, que formam memória (PÊCHEUX, 2011 [1966]). Como resultado, observa-se o processo discursivo de restituição simbólica da violência.\",\"PeriodicalId\":504771,\"journal\":{\"name\":\"Cadernos de Estudos Linguísticos\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Cadernos de Estudos Linguísticos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/cel.v65i00.8674218\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Estudos Linguísticos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/cel.v65i00.8674218","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Do dizível ao visível, ou vice-versa, e o processo discursivo de restituição simbólica em J.
J é o título de um dos nove curtas-metragens do projeto Marco Universal do ICEM. Tem tem 13 minutos de duração e refere-se a um líder comunitário de uma das favelas do Rio de Janeiro que denuncia a milícia e procura proteção policial de várias maneiras. O curta-metragem põe em cena os esforços do personagem e o seu desfecho. Este pôr em cena é o ponto central da formulação do discurso do curta-metragem, o qual se torna objeto de análise de trabalho. Considerando que “formular é dar corpo aos sentidos” e que a formulação não se refere a palavra em si, mas a um processo da produção do discurso, no qual “a linguagem ganha vida” e “a memória se atualiza” (ORLANDI, 2001, p. 9), busca-se observar que região de sentidos é atualizada no/pelo discurso do curta-metragem na relação com o tema dos direitos humanos contíguo a J. Assim este trabalho se sustenta sob dois prismas, um mais teórico e outro analítico. O primeiro consiste em propor posicionar o curta-metragem como uma peça de linguagem e, como tal, preconizar seu processo discursivo, deslocando-o de um lugar de observação empírica, cujo enfoque poderia ser dado a sua função, para analisá-lo em seu funcionamento. E sob o prisma de análise, este trabalho tenta explorar, pela via da descrição no contraponto com a interpretação, a formulação de um visível inexoravelmente atrelado ao dizível, como instância de atualização do interdiscurso, isto é, de um corpo de traços sócio-históricos, exterior, anterior e alhures, que formam memória (PÊCHEUX, 2011 [1966]). Como resultado, observa-se o processo discursivo de restituição simbólica da violência.