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Para análise, foram utilizadas as transcrições dos encontros, os registros dos diários de campo, as sínteses produzidas, as observações vivenciadas durante o processo e as entrevistas finais com cinco coordenadoras. Os resultados revelaram que a queixa escolar permanece secundária ao aluno diante dos conflitos subjacentes à escola e ao próprio coordenador pedagógico, entre eles: a crise identitária de seu papel; a falta de apoio, permanência na função e representatividade político-social; a dificuldade junto ao corpo docente, em que pesem problemas quanto ao engajamento no processo de ensino-aprendizagem e um trabalho voltado às urgências em detrimento das reais necessidades, sobretudo negligenciando a formação e a articulação dos processos escolares. Observou-se ausência de um pensamento crítico sobre a produção dos problemas na escola e a lógica da medicalização sobre as crianças. 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Queixa escolar: Uma proposta de intervenção do psicólogo escolar
Este artigo relata uma pesquisa-intervenção que investigou a dimensão que a queixa escolar assume no trabalho do coordenador pedagógico mediada pelo psicólogo escolar em encontros formativos. Adotou-se o referencial teórico da Psicologia Histórico-Cultural, cuja metodologia, calcada no materialismo histórico-dialético, possibilitou o aprofundamento e análise das expressões dos coordenadores. Os encontros foram conduzidos por uma dupla de psicólogos escolares, atravessados e mediados por produções artísticas contextualizadas aos temas, pelas sínteses que descreviam o encontro anterior, por debates e textos teóricos de apoio. Para análise, foram utilizadas as transcrições dos encontros, os registros dos diários de campo, as sínteses produzidas, as observações vivenciadas durante o processo e as entrevistas finais com cinco coordenadoras. Os resultados revelaram que a queixa escolar permanece secundária ao aluno diante dos conflitos subjacentes à escola e ao próprio coordenador pedagógico, entre eles: a crise identitária de seu papel; a falta de apoio, permanência na função e representatividade político-social; a dificuldade junto ao corpo docente, em que pesem problemas quanto ao engajamento no processo de ensino-aprendizagem e um trabalho voltado às urgências em detrimento das reais necessidades, sobretudo negligenciando a formação e a articulação dos processos escolares. Observou-se ausência de um pensamento crítico sobre a produção dos problemas na escola e a lógica da medicalização sobre as crianças. Por fim, compreendemos que encontros formativos com os coordenadores pedagógicos podem se constituir como campo e objeto de atuação do psicólogo escolar na promoção de mudanças de concepções e práticas voltadas à promoção do desenvolvimento das crianças.