{"title":"\"你在哪里见过女仆的女儿坐在老板的餐桌旁?\":安娜-穆伊拉特的电影《Que horas ela volta》中的文化资本与象征暴力?","authors":"Débora Breder, Claudia Alvim","doi":"10.48074/aceno.v10i22.14936","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste artigo analisamos a mise-en-scène da violência simbólica no filme Que horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert, que tem como protagonista a empregada doméstica de uma família de classe média alta paulistana, cuja filha pretende cursar Arquitetura na USP. Partindo de uma perspectiva teórico-metodológica que considera que toda mise-en-scène cinematográfica constitui, também, uma mise-en-scène social e simbólica do mundo, analisamos as relações entre as personagens em suas regras implícitas que separam, classificam e hierarquizam, reiterando fronteiras simbólicas na luta de classes cotidiana. Apoiamo-nos na obra de Pierre Bourdieu, sobretudo nos conceitos de habitus e capital cultural, para pensar o embate que constitui o conflito central da trama, que expressa as lutas sociais pelo acesso ao ensino superior.","PeriodicalId":143027,"journal":{"name":"ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste","volume":" 21","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"\\\"Onde já se viu a filha da empregada sentar na mesa dos patrões?!\\\": capital cultural e violência simbólica no filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert\",\"authors\":\"Débora Breder, Claudia Alvim\",\"doi\":\"10.48074/aceno.v10i22.14936\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste artigo analisamos a mise-en-scène da violência simbólica no filme Que horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert, que tem como protagonista a empregada doméstica de uma família de classe média alta paulistana, cuja filha pretende cursar Arquitetura na USP. Partindo de uma perspectiva teórico-metodológica que considera que toda mise-en-scène cinematográfica constitui, também, uma mise-en-scène social e simbólica do mundo, analisamos as relações entre as personagens em suas regras implícitas que separam, classificam e hierarquizam, reiterando fronteiras simbólicas na luta de classes cotidiana. Apoiamo-nos na obra de Pierre Bourdieu, sobretudo nos conceitos de habitus e capital cultural, para pensar o embate que constitui o conflito central da trama, que expressa as lutas sociais pelo acesso ao ensino superior.\",\"PeriodicalId\":143027,\"journal\":{\"name\":\"ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste\",\"volume\":\" 21\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.48074/aceno.v10i22.14936\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"ACENO - Revista de Antropologia do Centro-Oeste","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.48074/aceno.v10i22.14936","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
在本文中,我们分析了 Anna Muylaert 的电影《Que horas ela volta》(2015 年)中的象征性暴力场景,该片的主人公是圣保罗一个中上层家庭的女仆,她的女儿希望在南太平洋大学学习建筑。我们从理论-方法论的角度出发,认为每一个电影场景也是一个社会和象征性的世界场景,我们分析了人物之间的关系,这些关系中隐含着分离、分类和等级划分的规则,重申了日常阶级斗争中的象征性界限。我们借鉴皮埃尔-布尔迪厄的研究成果,特别是 "惯性 "和 "文化资本 "的概念,来思考构成剧情中心冲突的冲突,它表达了为获得高等教育而进行的社会斗争。
"Onde já se viu a filha da empregada sentar na mesa dos patrões?!": capital cultural e violência simbólica no filme Que horas ela volta?, de Anna Muylaert
Neste artigo analisamos a mise-en-scène da violência simbólica no filme Que horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert, que tem como protagonista a empregada doméstica de uma família de classe média alta paulistana, cuja filha pretende cursar Arquitetura na USP. Partindo de uma perspectiva teórico-metodológica que considera que toda mise-en-scène cinematográfica constitui, também, uma mise-en-scène social e simbólica do mundo, analisamos as relações entre as personagens em suas regras implícitas que separam, classificam e hierarquizam, reiterando fronteiras simbólicas na luta de classes cotidiana. Apoiamo-nos na obra de Pierre Bourdieu, sobretudo nos conceitos de habitus e capital cultural, para pensar o embate que constitui o conflito central da trama, que expressa as lutas sociais pelo acesso ao ensino superior.