Fernanda Oliveira Meller, L. Manosso, Micaela Rabelo Quadra, Tamara Justin Da Silva, F. Eugênio, Muniky de Luca Honorato, Antônio Augusto Schäfer
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Para avaliar as associações foram realizadas análises brutas utilizando-se teste Qui-quadrado de Pearson (nível de significância de 5%) e análises ajustadas utilizando-se regressão de Poisson. Foram estudados 2.170 indivíduos. Na análise bruta, tanto o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados quanto o consumo de AUP foram associados aos sintomas depressivos e estresse. Após análise ajustada, indivíduos pertencentes aos maiores tercis de consumo de alimentos in natura ou minimamente processados tiveram prevalências 37% e 28% menores de sintomas depressivos e 29% e 26% menores de estresse, comparados àqueles com menor consumo. Indivíduos com maior consumo de alimentos ultraprocessados apresentaram prevalência 35% maior de sintomas depressivos quando comparados àqueles com menor consumo. 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Consumo alimentar e sua associação com saúde mental: Resultados de estudos brasileiros de base populacional
O presente estudo objetivou avaliar a associação do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e de Alimentos Ultraprocessados (AUP) com a saúde mental durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo transversal, realizado com dados de duas pesquisas de base populacional conduzidas em Criciúma (SC) e Rio Grande (RS) entre 2020 e 2021. Os participantes foram indivíduos com 18 anos ou mais de idade, residentes na área urbana. A variável independente foi a frequência de consumo de alimentos in natura ou minimamente processados e de AUP. Sintomas depressivos e estresse percebidos foram os desfechos. Para avaliar as associações foram realizadas análises brutas utilizando-se teste Qui-quadrado de Pearson (nível de significância de 5%) e análises ajustadas utilizando-se regressão de Poisson. Foram estudados 2.170 indivíduos. Na análise bruta, tanto o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados quanto o consumo de AUP foram associados aos sintomas depressivos e estresse. Após análise ajustada, indivíduos pertencentes aos maiores tercis de consumo de alimentos in natura ou minimamente processados tiveram prevalências 37% e 28% menores de sintomas depressivos e 29% e 26% menores de estresse, comparados àqueles com menor consumo. Indivíduos com maior consumo de alimentos ultraprocessados apresentaram prevalência 35% maior de sintomas depressivos quando comparados àqueles com menor consumo. Isso destaca a importância da atuação intersetorial e interdisciplinar entre nutrição e saúde mental, especialmente após a pandemia de Covid-19.