Alexandre Marques Silveira, Karine Agatha França, Felipe da Veiga Dias
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A Braskem é uma das empresas petroquímicas mais rentáveis do Brasil e, desde a década de 1970, minerou sal-gema na cidade de Maceió, em Alagoas. Em 2018, a prática da empresa provocou o afundamento do solo em cinco bairros da cidade, atingindo cerca de 14 mil domicílios. A presente pesquisa busca saber qual é a relação existente entre as práticas de racismo ambiental e o caso Braskem em Maceió-AL? Para tanto, as bases teóricas que fundamentam a investigação partem da literatura em criminologia verde do Sul, sobretudo, trazendo uma perspectiva da teoria do dano social e das bases epistemológicas do racismo ambiental. Utilizou-se o método dedutivo e monográfico, bem como a técnica de pesquisa da documentação indireta. A conclusão indica que o caso da Braskem em Maceió, no estado de Alagoas, insere-se na lógica do racismo ambiental praticado por Estados, mercados e corporações, em conexão com o projeto político e econômico de exclusão e eliminação das populações pobres e marginalizadas. Isso ocorre porque Alagoas ocupa a terceira posição no ranking dos estados com extrema pobreza no Brasil, conforme dados do IBGE, e vem sofrendo há anos com os danos socioambientais perpetrados pela empresa.
Palavras-chave: Criminologia Verde; Crimes dos poderosos; Danos sociais; Racismo ambiental.