Antônio Flávio Costa Pinheiro, A. A. Cavalcante, Aderson Barbosa Costa, I. N. Cavalcante, Mauricio de Oliveira Paula
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As técnicas de captação de água se iniciam com o domínio dos cata-ventos até a metade da década de 1970, que passaram a coexistir com os gasogênios, até o início da década de 1980, e, finalmente, o domínio dos motores-bombas elétricos no mesmo contexto da eletrificação rural, da intensificação do uso de adubos químicos, agrotóxicos e máquinas agrícolas. Contudo, embora esse desenvolvimento tecnológico tenha favorecido uma maior explotação das águas de superfície e subterrâneas, o que resultou em uma maior vazão e produtividade econômica, as pequenas e médias atividades agrícolas, caracterizadas por pomares, foram definhando pelos altos custos da energia elétrica e pelo endividamento com pacotes tecnológicos, os quais foram contaminando o solo e as águas, o que resultou na quebra do metabolismo de troca material e de energia na relação do homem com a terra, bem como na intensificação do êxodo rural.","PeriodicalId":436739,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Geografia Física","volume":"45 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Captação da Água Subterrânea no Aquífero Aluvionar do Rio Jaguaribe, Ceará: Evolução e Problemática\",\"authors\":\"Antônio Flávio Costa Pinheiro, A. 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Captação da Água Subterrânea no Aquífero Aluvionar do Rio Jaguaribe, Ceará: Evolução e Problemática
Esta pesquisa problematiza a aluvião do rio Jaguaribe, em São João do Jaguaribe-CE, considerando a dinâmica socioeconômica com interface da evolução técnica de explotação de água nesse aquífero freático de 57,96 km², analisado qualitativamente (geologicamente) e quantitativamente. Por mapeamento in loco, foram cadastrados 816 poços tipificados em tubulares, mistos, cacimbões, além de coluna de água, profundidade e nível estático. Foi feito com o uso de GPS portátil no sistema DATUM SIRGAS 2000, trena e medidor eletrônico de nível de água. Predominam os poços rasos com profundidade média de 8,73m; nível estático com média de 4,30m e lâmina de água (coluna de água) com média de 4,45m. As técnicas de captação de água se iniciam com o domínio dos cata-ventos até a metade da década de 1970, que passaram a coexistir com os gasogênios, até o início da década de 1980, e, finalmente, o domínio dos motores-bombas elétricos no mesmo contexto da eletrificação rural, da intensificação do uso de adubos químicos, agrotóxicos e máquinas agrícolas. Contudo, embora esse desenvolvimento tecnológico tenha favorecido uma maior explotação das águas de superfície e subterrâneas, o que resultou em uma maior vazão e produtividade econômica, as pequenas e médias atividades agrícolas, caracterizadas por pomares, foram definhando pelos altos custos da energia elétrica e pelo endividamento com pacotes tecnológicos, os quais foram contaminando o solo e as águas, o que resultou na quebra do metabolismo de troca material e de energia na relação do homem com a terra, bem como na intensificação do êxodo rural.