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Identidade pessoal e mortalidade humana: Hobbes, Locke, Leibniz
Ao refletir sobre o problema da identidade pessoal, Leibniz dialoga diretamente com Locke, a quem procura demonstrar que a consciência, concebida à maneira cartesiana, não é o único critério de identidade da pessoa humana. Nesse diálogo, Hobbes desempenha um papel essencial, que é triplo: primeiramente, na medida em que contribui, graças à sua teoria da pessoa natural, para distinguir o problema metafísico da individuação da substância e o problema moral da identidade da pessoa; depois, na medida em que coloca em questão, por meio de sua teoria da mortalidade humana, o próprio princípio da identidade metafísica dos homens, isto é, a sua imortalidade substancial; por fim, na medida em que fornece a Leibniz um conceito de consciência que permite contestar o primado da consciência cartesiana como critério exclusivo de identidade pessoal do homem.