J. D. C. Araújo, Yuri Ian Carvalho Furtado, Deybson dos Santos Oliveira, Willian Marques Ribamar, Paula Tais Cantuária Dos Santos
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Os animais foram alojados em duas caixas d’água de 500L, dez animais por caixa d’água (sem distinção de sexo), contendo 30% de área seca e 70% de área alagada em densidade de estocagem de seis animais/m3. Foram alimentados com ração comercial extrusada para peixe contendo 28% de proteína bruta (PB), a qual foi fornecida de segunda a sexta-feira na proporção de 1% do peso vivo (PV) por dia, às 10h, sendo a sobra recolhida e quantificada após uma hora da oferta. Para avaliação do padrão morfométrico de crescimento dos animais realizaram-se aferições do comprimento da carapaça (CC), largura da carapaça (LC), comprimento do plastrão (CP), largura do plastrão (LP) e altura (A) e Peso (P), a cada quinze dias. A fim de obter o ganho de peso (GP), o índice de eficiência alimentar (IEA) e a taxa de crescimento específico (TCE). As médias obtidas das taxas de crescimento diário das medidas morfométricas avaliadas foram: CC: 0,04mm/dia; LC: 0,06mm/dia; CP: 0,04mm/dia; LP: 0,03mm/dia; A: 0,02mm/dia. Observou-se que o maior crescimento nesta fase de produção foi em largura de carapaça, seguido por comprimento de carapaça e de plastrão, largura do plastrão e altura, respectivamente. Foi observada a média de 0,42 g/animal/dia de GP diário. O CR foi de 0,51% PV/dia, considerado baixo, principalmente quando comparado com outras espécies da aquicultura, o que é um ponto positivo. Entretanto, a CA foi de 7,57, considerada alta. Já o IEA obtido foi de 0,13 e a TCE de 0,08%/dia, os quais são bem menores em comparação aos animais já domesticados e com o sistema de produção estruturado. Deste modo, foi possível estabelecer índices zootécnicos, até o momento inexistentes, para esta espécie, na fase juvenil. 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Crescimento e eficiência alimentar de tracajás (Podocnemis unifilis) juvenis em cativeiro
Dentre os quelônios da Amazônia, o tracajá, Podocnemis unifilis (Troschel, 1848), é uma das espécies mais capturadas para consumo na Amazônia brasileira, integrando a lista de animais vulneráveis à extinção. A espécie apresenta boa condição para criação em cativeiro, adaptando-se facilmente às condições impostas no manejo de criação, além de boa aceitação pelos consumidores. Porém, pouco se sabe sobre o crescimento deste animal em cativeiro. Objetivando estabelecer índices zootécnicos relacionados ao crescimento e eficiência alimentar de tracajá em fase juvenil.foram avaliados vinte animais com peso inicial médio de 548 g ± 62 g, durante 120 dias. Os animais foram alojados em duas caixas d’água de 500L, dez animais por caixa d’água (sem distinção de sexo), contendo 30% de área seca e 70% de área alagada em densidade de estocagem de seis animais/m3. Foram alimentados com ração comercial extrusada para peixe contendo 28% de proteína bruta (PB), a qual foi fornecida de segunda a sexta-feira na proporção de 1% do peso vivo (PV) por dia, às 10h, sendo a sobra recolhida e quantificada após uma hora da oferta. Para avaliação do padrão morfométrico de crescimento dos animais realizaram-se aferições do comprimento da carapaça (CC), largura da carapaça (LC), comprimento do plastrão (CP), largura do plastrão (LP) e altura (A) e Peso (P), a cada quinze dias. A fim de obter o ganho de peso (GP), o índice de eficiência alimentar (IEA) e a taxa de crescimento específico (TCE). As médias obtidas das taxas de crescimento diário das medidas morfométricas avaliadas foram: CC: 0,04mm/dia; LC: 0,06mm/dia; CP: 0,04mm/dia; LP: 0,03mm/dia; A: 0,02mm/dia. Observou-se que o maior crescimento nesta fase de produção foi em largura de carapaça, seguido por comprimento de carapaça e de plastrão, largura do plastrão e altura, respectivamente. Foi observada a média de 0,42 g/animal/dia de GP diário. O CR foi de 0,51% PV/dia, considerado baixo, principalmente quando comparado com outras espécies da aquicultura, o que é um ponto positivo. Entretanto, a CA foi de 7,57, considerada alta. Já o IEA obtido foi de 0,13 e a TCE de 0,08%/dia, os quais são bem menores em comparação aos animais já domesticados e com o sistema de produção estruturado. Deste modo, foi possível estabelecer índices zootécnicos, até o momento inexistentes, para esta espécie, na fase juvenil. O conhecimento do padrão de crescimento, assim como sua quantificação, possibilita um planejamento do sistema de produção e de escoamento do produto, facilitando o manejo e diminuindo as possibilidades de insucesso da produção.