{"title":"生物政治战略与卡兰迪鲁大屠杀","authors":"Viviane Borges, Diego Nunes","doi":"10.35355/revistafenix.v20i2.1231","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A proposta do presente artigo é problematizar as estratégias biopolíticas presentes nas intervenções governamentais ligadas ao massacre do Carandiru. O poder soberano que permitiu o assassinato de ao menos 111 confinados e a exibição de seus corpos, se entrelaça ao poder de regulamentação da vida, que determinou a demolição das edificações e a transferência dos corpos sobreviventes para outras unidades, e que ainda instituiu um local para a rememoração oficial da tragédia. Essas estratégias reguladoras estabelecem visibilidades e invisibilidades que atuam direta e/ou indiretamente sobre os corpos dos confinados.","PeriodicalId":168254,"journal":{"name":"Fênix - Revista de História e Estudos Culturais","volume":" 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Estratégias biopolíticas e o massacre do Carandiru\",\"authors\":\"Viviane Borges, Diego Nunes\",\"doi\":\"10.35355/revistafenix.v20i2.1231\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A proposta do presente artigo é problematizar as estratégias biopolíticas presentes nas intervenções governamentais ligadas ao massacre do Carandiru. O poder soberano que permitiu o assassinato de ao menos 111 confinados e a exibição de seus corpos, se entrelaça ao poder de regulamentação da vida, que determinou a demolição das edificações e a transferência dos corpos sobreviventes para outras unidades, e que ainda instituiu um local para a rememoração oficial da tragédia. Essas estratégias reguladoras estabelecem visibilidades e invisibilidades que atuam direta e/ou indiretamente sobre os corpos dos confinados.\",\"PeriodicalId\":168254,\"journal\":{\"name\":\"Fênix - Revista de História e Estudos Culturais\",\"volume\":\" 12\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-19\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Fênix - Revista de História e Estudos Culturais\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.35355/revistafenix.v20i2.1231\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Fênix - Revista de História e Estudos Culturais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.35355/revistafenix.v20i2.1231","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Estratégias biopolíticas e o massacre do Carandiru
A proposta do presente artigo é problematizar as estratégias biopolíticas presentes nas intervenções governamentais ligadas ao massacre do Carandiru. O poder soberano que permitiu o assassinato de ao menos 111 confinados e a exibição de seus corpos, se entrelaça ao poder de regulamentação da vida, que determinou a demolição das edificações e a transferência dos corpos sobreviventes para outras unidades, e que ainda instituiu um local para a rememoração oficial da tragédia. Essas estratégias reguladoras estabelecem visibilidades e invisibilidades que atuam direta e/ou indiretamente sobre os corpos dos confinados.