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O objetivo deste artigo é analisar a definição de religião de Mark C. Taylor. Para isso, apresenta essa definição e propõe uma leitura estrutural de seus significados, dividindo-a em três partes. Primeiramente, verifica seu sentido como rede complexa emergente, apontando as bases da teoria da complexidade, da qual o autor se apropria, e aplicando o funcionamento dos sistemas complexos à religião. Em segundo momento, discute o momento constitutivo da religião e sua função enquanto elaboradora de esquemas e padrões de sentimento, pensamento e ação. Por fim, observa como Taylor propõe um momento disruptivo em sua definição, na qual a religião rompe, desloca e desfigura os esquemas e padrões formados anteriormente. Ao contrário do que se poderia pensar, para o autor, esses não são momentos antagônicos da religião, mas são intrincadamente interligados, num movimento alternante quase dialético que modifica as estruturas da religião a todo tempo. Dessa forma, a definição de religião proposta por Taylor estabelece uma mútua dependência entre história e estrutura na teoria da religião.