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O presente artigo tem como principal temática as reflexões de estudantes de uma escola que oferta os anos finais do ensino fundamental e que atende aos alunos moradores de uma favela de um bairro da periferia carioca. A maior parte do corpo discente é formada por estudantes pretos e pardos, que durante muito tempo não enxergaram a escola enquanto território. Na narrativa que segue, traremos os debates insurgentes que se deram entre discente e alunos de uma das turmas da escola sobre racismo e discriminação racial e as ideias acerca de hierarquias entre os grupos humanos, tendo o branco caucasiano como padrão e os demais grupos étnicos como negros e indígenas posições subalternas. Nesse contexto, esse artigo tem como principal temática, analisar os desdobramentos da supervalorização da estética de matriz europeia na identidade de estudantes de escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, situadas nas periferias da região metropolitana do estado. Assim, temas como negritude, periferia, estética e juventude permearam os relatos dos estudantes e revelaram um processo educativo que reinventa não apenas o pertencimento e a ocupação do espaçotempo da escola pelos estudantes, como também a perenidade das lutas antirracistas no Brasil. A reflexão que segue contribui para produção de ações mais horizontalizadas e para uma ecologia dos saberes que emerge das práticas que vêm permitindo o reencantamento do mundo por essa comunidade interpretativa.