Luciana Aquini Fernandes Gil, Helena Piúma Gonçalves, Camila Conte, Gabriela Ladeira Sanzo, Fabiane De Holleben Camozzato Fadrique, Alessandra Aguiar de Andrade, Ana Raquel Mano Meinerz, Marlete Brum Cleff
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ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS E TERAPÊUTICA DE FELINOS COM CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS E LINFOMAS ATENDIDOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS VETERINÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Com o objetivo de agregar informações sobre os aspectos laboratoriais de felinos com neoplasias, foi realizado um estudo retrospectivo avaliando 157 fichas provenientes de pacientes felinos atendidos no Ceval/HCV-UFPEL no período de 5 anos. Foram considerados os dados dos hemogramas além de variáveis individuais e topografia tumoral, assim como a presença concomitante de retroviroses (FIV e FeLV) e o tratamento adotado. Dos 157 felinos selecionados, 40,1% (63/157) foram diagnosticados com carcinoma de células escamosas (CCE), 26,8% (42/157) com linfoma, 12,7% (20/157) com tumores mamários e 20,4% (32/157) com outras neoplasias. Em relação aos 252 exames hematológicos solicitados, a maior casuística foi de pacientes com linfoma, 2,1 exames por animal (89/42), seguido de pacientes com CCE, 1,5 exames por animal (92/63). Com relação ao sexo dos animais, observou-se um número maior de fêmeas, correspondendo a 57,3% (90/157), enquanto os machos representaram 42,7% (67/157) dos pacientes avaliados, sendo os felinos entre 7 e 10 anos mais frequentemente afetados. Somente um (1/63) dos pacientes com CCE foi diagnosticado com FeLV. O linfoma foi diagnosticado paralelamente ao FeLV em 23,8% (10/42) dos pacientes, a contaminação por FIV foi diagnosticada em 7,1% (3/42) dos pacientes, os quais também eram positivos para FeLV. Com relação à terapia, pacientes com CCE em sua maioria foram encaminhados para cirurgia ou criocirurgia e os felinos com linfoma para protocolos quimioterápicos. As principais alterações hematológicas dos felinos foram relacionadas às citopenias, sendo trombocitopenia, leucopenia e anemia as mais observadas. Assim, conclui-se que as alterações laboratoriais estão frequentemente relacionadas com a resposta celular à infecção ou inflamação secundária decorrente da neoplasia e à cronicidade do quadro clínico, bem como em razão dos protocolos antineoplásicos adotados.