{"title":"在不确定的背景下做人类学:莫桑比克拼凑的民族志","authors":"Maria Paula Meneses","doi":"10.1080/23323256.2023.2242410","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"AbstractCovid-19 posed significant challenges to anthropological research as quarantines, travel restrictions and physical distance measures were introduced. In the Mozambican context, however, the pandemic added an additional critical level to previous crises (epidemics, extreme climate events, armed violence) which had led to methodological “innovations” in a field that relies on building relationships of trust. These innovations — such as conducting fieldwork in multiple stages, working collaboratively or using archives — have been conceptualised as “patchwork ethnography.” This article reflects on the impact of this methodological option on making visible agents and knowledges of struggles hitherto silenced, such as the role of ordinary women in the context of the nationalist struggle in Mozambique (1960s–1970s). Through patchwork ethnography, we obtain contextual and dense knowledge that pays attention to the changing circumstances of life and work that are profoundly altering the conditions of knowledge production.A Covid-19 colocou desafios significativos para a investigação antropológica à medida que foram introduzidas quarentenas, restrições de viagem e medidas de distanciamento físico. No contexto moçambicano, contudo, a pandemia acrescentou um nível crítico adicional às crises anteriores (epidemias, eventos climáticos extremos, violência armada), o que levou a “inovações” metodológicas em um campo que depende da construção de relações de confiança. Estas inovações — como a realização de trabalho de campo em múltiplas etapas, o trabalho colaborativo ou a utilização de arquivos — foram conceituadas como “etnografia de retalhos”. Este artigo reflete sobre o impacto desta opção metodológica na visibilização de agentes e saberes de lutas até então silenciados, como o papel das mulheres comuns no contexto da luta nacionalista em Moçambique (décadas de 1960-1970). 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引用次数: 2
摘要
摘要新冠肺炎疫情给人类学研究带来了重大挑战,包括隔离、旅行限制和物理距离措施。然而,在莫桑比克的情况下,这一流行病比以往的危机(流行病、极端气候事件、武装暴力)增加了一个额外的临界水平,这些危机导致在一个依赖于建立信任关系的领域进行方法上的"创新"。这些创新——比如在多个阶段进行实地考察、协同工作或利用档案——被概念化为“拼凑人种志”。这篇文章反映了这一方法选择对使迄今为止沉默的斗争的行动者和知识可见的影响,例如莫桑比克民族主义斗争背景下普通妇女的作用(20世纪60年代至70年代)。通过拼凑的民族志,我们获得了上下文和密集的知识,这些知识关注生活和工作环境的变化,这些变化正在深刻地改变知识生产的条件。A Covid-19 colocou desfifius在调查中的意义(p < p < p >) o antropológica 媒介信息与媒介信息与传播,restrições媒介信息与传播信息与传播信息与传播信息físico。No context to mo。Estas inovações - como a realizal。Este artigo反映了对过渡过渡组织(过渡过渡组织)和过渡过渡组织(过渡过渡组织)的严肃影响,也反映了对过渡过渡组织(1960-1970年)的严肃影响。1 . 与与与与与与与与与与与与与与与与与与与与与与与与与: condições与与。关键词:协同研究新冠肺炎方法学挑战莫桑比克自我反思
Doing anthropology in uncertain contexts: patchwork ethnography in Mozambique
AbstractCovid-19 posed significant challenges to anthropological research as quarantines, travel restrictions and physical distance measures were introduced. In the Mozambican context, however, the pandemic added an additional critical level to previous crises (epidemics, extreme climate events, armed violence) which had led to methodological “innovations” in a field that relies on building relationships of trust. These innovations — such as conducting fieldwork in multiple stages, working collaboratively or using archives — have been conceptualised as “patchwork ethnography.” This article reflects on the impact of this methodological option on making visible agents and knowledges of struggles hitherto silenced, such as the role of ordinary women in the context of the nationalist struggle in Mozambique (1960s–1970s). Through patchwork ethnography, we obtain contextual and dense knowledge that pays attention to the changing circumstances of life and work that are profoundly altering the conditions of knowledge production.A Covid-19 colocou desafios significativos para a investigação antropológica à medida que foram introduzidas quarentenas, restrições de viagem e medidas de distanciamento físico. No contexto moçambicano, contudo, a pandemia acrescentou um nível crítico adicional às crises anteriores (epidemias, eventos climáticos extremos, violência armada), o que levou a “inovações” metodológicas em um campo que depende da construção de relações de confiança. Estas inovações — como a realização de trabalho de campo em múltiplas etapas, o trabalho colaborativo ou a utilização de arquivos — foram conceituadas como “etnografia de retalhos”. Este artigo reflete sobre o impacto desta opção metodológica na visibilização de agentes e saberes de lutas até então silenciados, como o papel das mulheres comuns no contexto da luta nacionalista em Moçambique (décadas de 1960-1970). Através da etnografia de retalhos, obtemos conhecimento denso e contextual que presta atenção às mudanças nas circunstâncias de vida e de trabalho que estão alterando profundamente as condições de produção de conhecimento.Keywords: collaborative researchCovid-19methodological challengesMozambiqueself-reflexivity