Antonio José Alves de Oliveira, Alyne Dos Santos Gonçalves, Lucas Erichsen
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Na década de 1930, intelectuais ligados ao Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) perceberam a necessidade de se criar mecanismos para a preservação do patrimônio brasileiro. Nesse contexto, o “tombamento” foi desenvolvido como ferramenta estatal para proteger os bens representativos da identidade nacional. Após a Segunda Guerra Mundial houve uma valorização de outros saberes e fazeres e, consequentemente, o questionamento da costumeira vinculação entre patrimônio e elementos europeus da identidade brasileira. A partir dos anos 1970, o “tombamento” foi retomado com maior força e abrangência, sendo utilizado também como instrumento de proteção à natureza, entendida como bem cultural dotado de valores intrínsecos. Neste trabalho, analisamos os processos que levaram à ampliação dos mecanismos de proteção dos patrimônios de “pedra e cal” para contemplarem também os bens naturais, enfatizando o tombamento da Serra do Mar e as visões de história e natureza que nortearam esse processo, as quais incidiram, nas décadas subsequentes, sobre iniciativas de mapeamento e proteção do Bioma/Domínio Mata Atlântica.