Rosa de Fátima Costa Ferreira da Silva, Ema Fernandes, Zoraima Neto, Ricardo Manuel Soares Parreira
{"title":"安哥拉罗安达的登革热:发现病因循环49年后的诊断和社会人口学方面","authors":"Rosa de Fátima Costa Ferreira da Silva, Ema Fernandes, Zoraima Neto, Ricardo Manuel Soares Parreira","doi":"10.1016/j.bjid.2023.103447","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Luanda é a capital de Angola, um país, que se situa no sudoeste africano. Os médicos, enfrentavam o problema do atendimento de inúmeros casos de síndromes febris de uma série de potenciais etiologias. O pacote de testes laboratorial, não incluía a avaliação de rotina da presença do vírus da dengue. A descoberta da circulação do vírus em Angola data de 1973, porém continuou sem registo até 2013. O objectivo do presente estudo foi, avaliar a consideração da probabilidade da infecção pelo vírus da dengue pela equipa de médicos, a frequência da infecção, o perfil sócio-demográfico, referente a idade, sexo, e os principais sintomas relacionados a infecção pela dengue, no período de Abril à Julho de 2022, para a produção de evidências científicas que possam mostrar a necessidade de colocar a dengue dentro da importância, no quadro nosológico de doenças transmissíveis em Angola. Após assinatura de um documento de consentimento livre e esclarecido, foram analisadas clinicamente 140 pacientes adultos com síndromes febril e laboratorialmente as respectivas amostras de soro, colhidas em consultas, nas secções de Medicina Interna dos Hospitais dos Cajueiros e Américo Boavida, localizados em áreas sub-urbanas de Luanda. O diagnóstico laboratorial foi feito por testes seroimunológicos imunocromatográficos de diagnóstico rápido (TDRs), da marca SD Bioline, para a pesquisa de antigénios NS1, e paralelamente outro teste da presença de anticorpos IgM/IgG específicos contra o vírus da Dengue. No total de 140 pacientes avaliados nas consultas, a dengue não foi considerada como hipótese diagnóstica, 35% (49/140) apresentaram infecções pelo vírus da dengue, detectada em indivíduos nas idades de 18 à 58 anos, tendo se constatado maior predominância de infecção em indivíduos mais jovens, de 18 à 28 anos, representando 40.81% (20/49) anos dos indivíduos, 57% e 43% foram do sexo masculino e feminino, respectivamente. Os sintomas mais frequentes, da dengue foram: febre (100% (49/49), dor retro-orbitrária (90% (44/49), cefaleias (100% (49/49), artralgias (100% (49/49), geralmente nos membros superiores, mialgias (41% (20/49). O vírus da dengue, pode ser o agente etiológico de inúmeros síndromes febris, que desafiam diariamente os médicos. O estudo epidemiológico da Dengue, envolvendo um maior é um necessidade prioritária para colocar a dengue na devida importância no quadro de doenças das doenças transmissíveis em Luanda, Angola.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"DENGUE EM LUANDA, ANGOLA: DIAGNÓSTICO E ASPECTOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS 49 ANOS APÓS A DESCOBERTA DA CIRCULAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO\",\"authors\":\"Rosa de Fátima Costa Ferreira da Silva, Ema Fernandes, Zoraima Neto, Ricardo Manuel Soares Parreira\",\"doi\":\"10.1016/j.bjid.2023.103447\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Luanda é a capital de Angola, um país, que se situa no sudoeste africano. 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DENGUE EM LUANDA, ANGOLA: DIAGNÓSTICO E ASPECTOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS 49 ANOS APÓS A DESCOBERTA DA CIRCULAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO
Luanda é a capital de Angola, um país, que se situa no sudoeste africano. Os médicos, enfrentavam o problema do atendimento de inúmeros casos de síndromes febris de uma série de potenciais etiologias. O pacote de testes laboratorial, não incluía a avaliação de rotina da presença do vírus da dengue. A descoberta da circulação do vírus em Angola data de 1973, porém continuou sem registo até 2013. O objectivo do presente estudo foi, avaliar a consideração da probabilidade da infecção pelo vírus da dengue pela equipa de médicos, a frequência da infecção, o perfil sócio-demográfico, referente a idade, sexo, e os principais sintomas relacionados a infecção pela dengue, no período de Abril à Julho de 2022, para a produção de evidências científicas que possam mostrar a necessidade de colocar a dengue dentro da importância, no quadro nosológico de doenças transmissíveis em Angola. Após assinatura de um documento de consentimento livre e esclarecido, foram analisadas clinicamente 140 pacientes adultos com síndromes febril e laboratorialmente as respectivas amostras de soro, colhidas em consultas, nas secções de Medicina Interna dos Hospitais dos Cajueiros e Américo Boavida, localizados em áreas sub-urbanas de Luanda. O diagnóstico laboratorial foi feito por testes seroimunológicos imunocromatográficos de diagnóstico rápido (TDRs), da marca SD Bioline, para a pesquisa de antigénios NS1, e paralelamente outro teste da presença de anticorpos IgM/IgG específicos contra o vírus da Dengue. No total de 140 pacientes avaliados nas consultas, a dengue não foi considerada como hipótese diagnóstica, 35% (49/140) apresentaram infecções pelo vírus da dengue, detectada em indivíduos nas idades de 18 à 58 anos, tendo se constatado maior predominância de infecção em indivíduos mais jovens, de 18 à 28 anos, representando 40.81% (20/49) anos dos indivíduos, 57% e 43% foram do sexo masculino e feminino, respectivamente. Os sintomas mais frequentes, da dengue foram: febre (100% (49/49), dor retro-orbitrária (90% (44/49), cefaleias (100% (49/49), artralgias (100% (49/49), geralmente nos membros superiores, mialgias (41% (20/49). O vírus da dengue, pode ser o agente etiológico de inúmeros síndromes febris, que desafiam diariamente os médicos. O estudo epidemiológico da Dengue, envolvendo um maior é um necessidade prioritária para colocar a dengue na devida importância no quadro de doenças das doenças transmissíveis em Luanda, Angola.