Maria Clara Barros Santos, Vinícius Vianney, Nicholas Lourenço Malta, Marília Gabriela Barbosa da Silva, Laryssa Bandeira de Melo Silva, Matheus Azevedo Bomfim, Gabriel Freitas Araújo, Kameelah Gomes de Miranda, João Guilherme Rattes Lima de Freitas, José Anchieta de Brito, Paula Machado Ribeiro Magalhães, Patrícia Muniz Mendes Freire de Moura
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Assim, esse estudo objetiva caracterizar a qualidade do sono em pacientes com HTLV. Trata-se de um estudo observacional realizado em pacientes com HTLV acompanhados no ambulatório de cuidados paliativos do Hospital Oswaldo Cruz (HUOC/PE). Os critérios de inclusão para os pacientes são: ter mais de 18 anos, ter o diagnóstico confirmado de HTLV e não ter outras infecções concomitantes, exceto a infecção associada de HTLV e HIV. Foi utilizado o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, o qual possui 19 questões e avalia sete componentes do sono, sendo o escore máximo 21 pontos. Pontuações entre 0 e 4 são consideradas boas, entre 5 e 10, indicativas de qualidade do sono ruim, e acima de 10, presença de distúrbio do sono. Ao total foram entrevistados 55 pacientes, sendo 38 mulheres (69.09%) e 17 homens (30.91%) com uma média de 48 anos, com os valores variando entre 21 e 74, que foram diagnosticados entre 1998 e 2023, sendo 2019 a mediana. Em média, o índice de qualidade do sono dos pacientes foi 8.44. 29.09% apresentaram um sono considerado bom; 41.82% ruim; 29.09% classificaram com distúrbio do sono. Os componentes mais pontuados foram “latência do sono” (95 pontos na soma total) e “distúrbios do sono” (91 pontos na soma total). Tais dados indicam a possível associação da infecção pelo HTLV com a piora do sono. Reforçando a importância de avaliar a qualidade do sono como parte integrante do manejo desses pacientes. A identificação precoce e o tratamento adequado dos distúrbios do sono podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para o quadro geral da condição clínica dos pacientes com HTLV.","PeriodicalId":22315,"journal":{"name":"The Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM PACIENTES COM HTLV\",\"authors\":\"Maria Clara Barros Santos, Vinícius Vianney, Nicholas Lourenço Malta, Marília Gabriela Barbosa da Silva, Laryssa Bandeira de Melo Silva, Matheus Azevedo Bomfim, Gabriel Freitas Araújo, Kameelah Gomes de Miranda, João Guilherme Rattes Lima de Freitas, José Anchieta de Brito, Paula Machado Ribeiro Magalhães, Patrícia Muniz Mendes Freire de Moura\",\"doi\":\"10.1016/j.bjid.2023.103443\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O sono é fundamental para a manutenção das condições fisiológicas do corpo. 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CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM PACIENTES COM HTLV
O sono é fundamental para a manutenção das condições fisiológicas do corpo. A redução do sono pode ter efeitos deletérios, como aumento na secreção de proteína C-reativa e interleucina-6, além de ser um fator de progressão acelerada de doenças crônicas e inflamatórias. As infecções sexualmente transmissíveis causadas por retrovírus, como o vírus linfotrópico das células T humanas (HTLV), podem afetar a qualidade do sono devido à ativação do sistema imunológico e à produção de citocinas pró-inflamatórias. Assim, esse estudo objetiva caracterizar a qualidade do sono em pacientes com HTLV. Trata-se de um estudo observacional realizado em pacientes com HTLV acompanhados no ambulatório de cuidados paliativos do Hospital Oswaldo Cruz (HUOC/PE). Os critérios de inclusão para os pacientes são: ter mais de 18 anos, ter o diagnóstico confirmado de HTLV e não ter outras infecções concomitantes, exceto a infecção associada de HTLV e HIV. Foi utilizado o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, o qual possui 19 questões e avalia sete componentes do sono, sendo o escore máximo 21 pontos. Pontuações entre 0 e 4 são consideradas boas, entre 5 e 10, indicativas de qualidade do sono ruim, e acima de 10, presença de distúrbio do sono. Ao total foram entrevistados 55 pacientes, sendo 38 mulheres (69.09%) e 17 homens (30.91%) com uma média de 48 anos, com os valores variando entre 21 e 74, que foram diagnosticados entre 1998 e 2023, sendo 2019 a mediana. Em média, o índice de qualidade do sono dos pacientes foi 8.44. 29.09% apresentaram um sono considerado bom; 41.82% ruim; 29.09% classificaram com distúrbio do sono. Os componentes mais pontuados foram “latência do sono” (95 pontos na soma total) e “distúrbios do sono” (91 pontos na soma total). Tais dados indicam a possível associação da infecção pelo HTLV com a piora do sono. Reforçando a importância de avaliar a qualidade do sono como parte integrante do manejo desses pacientes. A identificação precoce e o tratamento adequado dos distúrbios do sono podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida e para o quadro geral da condição clínica dos pacientes com HTLV.