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CONTRIBUIÇÕES DAS ABORDAGENS MAIS-QUE-REPRESENTACIONAIS PARA A GEOGRAFIA DA RELIGIÃO
Este artigo parte da premissa que as abordagens tradicionais da geografia da religião dão foco excessivo no plano material e na descrição de comportamentos coletivos, negligenciando a imaterialidade e a excepcionalidade das identidades como expressões religiosas. Além disso, considera que esses enfoques recorrem comumente ao trato ontológico do sagrado e da religião como um todo, em percurso similar ao da evolução da abordagem cultural nos estudos geográficos. Nesse contexto, objetiva-se evidenciar as virtudes da perspectiva relacional na geografia da religião com ênfase nos pressupostos mais-que-representacionais. A discussão ora apresentada é essencialmente epistemológica, e traz esse prisma como caminho para superar os vícios das abordagens tradicionais por meio de elementos dos campos imaterial, trajetivo e identitário. Além disso, propõe análises que colocam os atores humanos e não-humanos como parte de uma rede. Dessa forma, é possível pensar o sagrado e a religião como um processo holístico, que é mais do que um conjunto de crenças e práticas, apresentando-se como um espaço de relações, que integra o material e o imaterial e o humano e o não-humano.