POTENCIAL TERAPÊUTICO DE CÉLULAS PROGENITORAS ADULTAS MULTIPOTENTES ALOGÊNICAS NO TRATAMENTO DE APLASIA MEDULAR SECUNDÁRIA À ERLIQUIOSE CANINA

A aplasia medular é uma doença caracterizada por um quadro no qual a medula óssea passa a ser constituída por uma celularidade inferior a 10%, apresentando uma redução ou ausência dos três tipos celulares (eritróide, mielóide e megacariocítica). No presente estudo, as células progenitoras adultas multipotentes, isoladas a partir da polpa dentária de cão saudável (CPAMs-PDC), foram analisadas com base em sua morfologia, potencial de proliferação e diferenciação adipogênica, osteogênica e condrogênica sendo posteriormente criopreservadas. Foram realizadas três aplicações de 6 x 106 CPAMs-PDC, com intervalos de trinta dias, em doze pacientes acometidos por um quadro de aplasia medular, sendo três Schnauzers, dois Beagles, três Bulldogs e quadro SRDs. O grupo de animais foi composto por 8 machos e 4 fêmeas, com idades entre 2 e 6 anos e peso entre 10 e 23 kg. Duas das aplicações foram realizadas pela via intravenosa e uma pela via intramedular. Os resultados demonstraram uma resposta medular, com elevação da porcentagem do hematócrito até a estabilidade total da medula. Nesse sentido, este estudo sugere que em casos de aplasia mielóide derivada do quadro de erliquiose, a terapia com células-tronco se apresenta extremamente promissora.