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O negativo do reconhecimento: do progresso ao irreconhecimento do progresso
O texto a seguir está dividido em quatro momentos articulados em torno de um diálogo com a teoria do reconhecimento social. No primeiro momento, procuro revisar os textos políticos de Kant com o objetivo de rediscutir alguns conceitos balizadores do que virá a ser a teoria do reconhecimento social. Conceitos como Natureza, sociabilidade insociável, a noção de liberdade em Kant, serão centrais para repensar o berço da teoria do reconhecimento e as justificações teóricas que amarram a utopia da paz perpétua. No segundo movimento, restauro a crítica da primeira geração da Escola de Frankfurt ao idealismo iluminista, centrando as análises na Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer. É central, a compreensão do iluminismo como totalitarismo sistêmico, e, nossa investigação circulará esse ponto teórico recobrindo a obra e o retrospecto da discussão entre teoria crítica e projeto iluminista. No terceiro momento do texto, pontuo os principais elementos da escrita honnethiana, mais especificamente sua releitura dos escritos hegelianos de Jena, demonstrando como a luta por reconhecimento é herdeira das imagens kantianas da razão pura-prática. Finalmente, elaboramos uma interpretação de The End of Progress de Amy Allen, que estabelece sólido terreno crítico à teoria do reconhecimento social, imaginando mecanismos teóricos para o desenlace dos problemas contidos nessa análise já tão celebradas pelas humanidades.