{"title":"语言哲学中“主体”范畴的概念","authors":"André Felipe Ribeiro, Monica Fontenelle Carneiro","doi":"10.21680/1984-3879.2023v23n2id31947","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"As ideias e estudos sobre o sujeito como categoria, não somente linguística, mas também filosófica, sofreram deslocamentos que se desdobraram ao longo do desenvolvimento epistemológico e social da visão do homem de si e do outro, numa relação de alteridade. Partindo desse olhar, este trabalho pretende discutir as noções da categoria sujeito ao longo da história, tomando por “linguístico” tudo que é referente à língua/linguagem. Dessa forma, é necessária uma abordagem para antes da consideração da Linguística como Ciência; ou seja, um olhar para a noção dessa categoria antes dos escritos do francês Ferdinand de Saussure. Para tanto, foram discutidos momentos da história e pensadores, considerando também o caráter descontínuo desses “marcos históricos” e não limitados a datas, iniciando pela noção de sujeito na Grécia antiga, avançando para o período conhecidos como Idade Média para, finalmente, chegar ao sujeito moderno, discutindo as visões de Bakhtin (1992), Benveniste (1991), Althusser (1992), Michel Pêcheux (1995), Lacan (2009) e Michel Foucault (2008) para que o leitor possa construir um panorama de como a noção sobre o sujeito vem mudando da era Clássica até a modernidade e como, de alguma maneira, essas ideias entrelaçam-se. Por fim, reflete-se aqui que as noções sobre a categoria sujeito desenvolveram-se num deslocamento de uma noção centrada na relação do indivíduo consigo mesmo e com o social para uma relação do social para o indivíduo, de modo que o indivíduo ganha um esvaziamento a ser ocupado por diferentes formações discursivo-ideológicas funcionantes; sendo, desta maneira, um lugar-reflexo do funcionamento discursivo, que pode ser ocupado por diferentes indivíduos, a mais coerente com os estudos desenvolvidos mais modernamente nos quais não há mais o interesse anterior de tomar o sujeito como originário.","PeriodicalId":498226,"journal":{"name":"Saberes Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"NOÇÕES DA CATEGORIA “SUJEITO” NA FILOSOFIA DA LINGUAGEM\",\"authors\":\"André Felipe Ribeiro, Monica Fontenelle Carneiro\",\"doi\":\"10.21680/1984-3879.2023v23n2id31947\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"As ideias e estudos sobre o sujeito como categoria, não somente linguística, mas também filosófica, sofreram deslocamentos que se desdobraram ao longo do desenvolvimento epistemológico e social da visão do homem de si e do outro, numa relação de alteridade. 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NOÇÕES DA CATEGORIA “SUJEITO” NA FILOSOFIA DA LINGUAGEM
As ideias e estudos sobre o sujeito como categoria, não somente linguística, mas também filosófica, sofreram deslocamentos que se desdobraram ao longo do desenvolvimento epistemológico e social da visão do homem de si e do outro, numa relação de alteridade. Partindo desse olhar, este trabalho pretende discutir as noções da categoria sujeito ao longo da história, tomando por “linguístico” tudo que é referente à língua/linguagem. Dessa forma, é necessária uma abordagem para antes da consideração da Linguística como Ciência; ou seja, um olhar para a noção dessa categoria antes dos escritos do francês Ferdinand de Saussure. Para tanto, foram discutidos momentos da história e pensadores, considerando também o caráter descontínuo desses “marcos históricos” e não limitados a datas, iniciando pela noção de sujeito na Grécia antiga, avançando para o período conhecidos como Idade Média para, finalmente, chegar ao sujeito moderno, discutindo as visões de Bakhtin (1992), Benveniste (1991), Althusser (1992), Michel Pêcheux (1995), Lacan (2009) e Michel Foucault (2008) para que o leitor possa construir um panorama de como a noção sobre o sujeito vem mudando da era Clássica até a modernidade e como, de alguma maneira, essas ideias entrelaçam-se. Por fim, reflete-se aqui que as noções sobre a categoria sujeito desenvolveram-se num deslocamento de uma noção centrada na relação do indivíduo consigo mesmo e com o social para uma relação do social para o indivíduo, de modo que o indivíduo ganha um esvaziamento a ser ocupado por diferentes formações discursivo-ideológicas funcionantes; sendo, desta maneira, um lugar-reflexo do funcionamento discursivo, que pode ser ocupado por diferentes indivíduos, a mais coerente com os estudos desenvolvidos mais modernamente nos quais não há mais o interesse anterior de tomar o sujeito como originário.