Fernanda Perito de Aguiar, Bruna de Albuquerque Catelano, Emelli Louise Runcus Kanzler, Renata Chimelli Pegoraro, Vinicios Biff, Pedro Amorim Tabert, Paulo Henrique Condeixa de França, Helbert do Nascimento Lima
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Definiu-se IRA como a presença de alteração de função renal aguda com necessidade de hemodiálise. Utilizou-se modelo multivariado por regressão de Cox para avaliar a sobrevida de pacientes com e sem IRA dialítica. Os resultados do estudo demonstraram que dos 187 pacientes incluídos (55,5% homens) com média de idade de 62,8±13,6 anos, 37,4% apresentaram IRA dialítica. Pacientes com IRA dialítica usaram mais drogas vasoativas, tinham maior gravidade na admissão e maior mortalidade (84,3% vs. 63,2%; p=0,002) em relação àqueles sem IRA. O risco de morte nos pacientes com IRA foi maior (RR bruto= 1,60; IC 95% 1,13-2,26; p= 0,007). Após ajustes para idade, sexo, comorbidades e gravidade clínica, a presença de IRA dialítica se manteve associada a uma frequência maior de mortalidade em 90 dias (RR= 1,49; IC 95% 1,03-2.15; p=0,032). 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摘要
重症监护病房(icu)约有三分之一的COVID-19患者患有透析急性肾损伤(aki)。很少有研究评估aki患者在公立重症监护室的生存。本研究的目的是评估患有和不患有严重COVID-19的透析aki患者90天的住院生存率。这是巴西圣卡塔琳娜Joinville综合医院的历史队列研究。我们纳入了2020年3月至12月间在icu确诊为COVID-19的所有患者。aki被定义为需要血液透析的急性肾功能改变。采用Cox回归多元模型评估透析aki患者和非透析aki患者的生存率。研究结果显示,187例患者(55.5%男性),平均年龄62.8±13.6岁,37.4%为透析aki。透析aki患者使用更多的血管活性药物,入院严重程度更高,死亡率更高(84.3% vs. 63.2%;p= 0.002)与没有IRA的人相比。aki患者的死亡风险较高(总RR = 1.60;总RR = 1.60)。95% ci 1.13 - 2.26;p = 0.007)。在调整年龄、性别、合并症和临床严重程度后,透析aki的存在仍然与较高的90天死亡率相关(RR= 1.49; p = 0.0001)。95% ci 1.03 -2.15;p = 0.032)。研究样本中严重COVID-19和透析aki患者的存活率低于巴西私人icu,这表明公共系统存在不平等。
Incidência de Injúria Renal Aguda em Pacientes Críticos com COVID-19 e Sobrevida em 90 dias: Coorte Retrospectiva de Uma Unidade de Tratamento Intensivo Pública, Joinville/Brasil
Cerca de um terço dos pacientes com COVID-19 em unidades de terapia intensiva (UTI) apresentam injúria renal aguda (IRA) dialítica. Poucos estudos têm avaliado a sobrevida de pacientes com IRA em UTI exclusivamente pública. O objetivo do estudo foi avaliar a sobrevida intra-hospitalar em 90 dias de pacientes com e sem IRA dialítica internados com COVID-19 grave. Trata-se de uma coorte histórica de um hospital geral em Joinville, Santa Catarina/Brasil. Foram incluídos todos os pacientes admitidos na UTI entre março e dezembro de 2020 com diagnóstico confirmado de COVID-19. Definiu-se IRA como a presença de alteração de função renal aguda com necessidade de hemodiálise. Utilizou-se modelo multivariado por regressão de Cox para avaliar a sobrevida de pacientes com e sem IRA dialítica. Os resultados do estudo demonstraram que dos 187 pacientes incluídos (55,5% homens) com média de idade de 62,8±13,6 anos, 37,4% apresentaram IRA dialítica. Pacientes com IRA dialítica usaram mais drogas vasoativas, tinham maior gravidade na admissão e maior mortalidade (84,3% vs. 63,2%; p=0,002) em relação àqueles sem IRA. O risco de morte nos pacientes com IRA foi maior (RR bruto= 1,60; IC 95% 1,13-2,26; p= 0,007). Após ajustes para idade, sexo, comorbidades e gravidade clínica, a presença de IRA dialítica se manteve associada a uma frequência maior de mortalidade em 90 dias (RR= 1,49; IC 95% 1,03-2.15; p=0,032). A sobrevida de pacientes com COVID-19 grave e IRA dialítica na amostra estudada foi menor em relação a UTIs privadas no Brasil, o que sugere desigualdades no sistema público.