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África e o turismo colonizador – neoliberalismo ambiental e luxo excludente: o exemplo da Tanzânia.
O continente africano possui vasta e rica história, bem como uma imensidão territorial que abriga uma enorme variedade de paisagens e culturas. O processo de colonização da África pelas potências europeias estabeleceu uma série de entraves ao seu desenvolvimento, além de impor diversas limitações que seguem evidentes nos Estados pós-coloniais. Uma das atividades econômicas com grande potencial para o continente é o turismo, em especial aquele ligado à cultura e à natureza. Este trabalho busca apresentar alguns aspectos do desenvolvimento turístico, no período contemporâneo, que demonstram continuidades com dinâmicas de colonização dos espaços e dos corpos. Vasta bibliografia sobre o tema é apreciada e analisada em conjunto com experiências de campo que sugerem a interpretação de que, na África, o turismo é colonizador. Em especial, é analisado o caso da Tanzânia, onde situações vivenciadas em duas localidades de alto interesse turístico – Zanzibar e Ngorongoro – permitiram traçar paralelos entre o período colonial e as atuais formas de gestão do território para aproveitamento turístico.