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A primeira parte do artigo faz uma introdução conceitual e historiográfica à noção de “gênero epistêmico” na obra de Gianna Pomata. Essa noção ganhou considerável atenção e interesse nos últimos anos, não apenas em relação à história da ciência e da medicina, mas também entre os historiadores no campo da teoria da história e história da historiografia. Em linhas gerais, podemos dizer que a noção de gênero epistêmico é uma ferramenta para a história cultural do conhecimento. Para Pomata, o desaparecimento, a emergência e a transformação de um gênero epistêmico revelam profundas mudanças nos modos coletivos de pensamento. Atenção específica no artigo é dada ao manifesto, agora um gênero socialmente reconhecido nos debates contemporâneos em teoria da história, e ao que ele revela sobre a economia moral dos historiadores. Defendo que a transformação do manifesto – cuja história podemos retraçar às lutas revolucionárias modernas e às vanguardas artísticas contemporâneas – em um gênero epistêmico pode ser lida como um sinal da introdução da sua dinâmica político-temporal na produção do conhecimento histórico.