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Piccolo Mondo de Fanny Romagnoli e Silvia Albertoni: um estudo sobre a produção, circulação, materialidade e conteúdo (1901-1938)
RESUMO Entre as últimas duas décadas do século XIX e as três primeiras do XX é possível encontrar indícios de distribuição e circulação de livros italianos entre os imigrantes e seus descendentes. Este artigo objetiva compreender a produção e a circulação dos livros de leitura de Fanny Romagnoli e Silvia Albertoni, autoras de Piccolo Mondo, aprovados para serem adotados nas escolas elementares da Península e escolas italianas no Brasil no início do século XX e, em seguida, analisar um dos volumes, o Sillabario, destinado ao uso da primeira classe. Ancorado nas contribuições da História da Educação e na História Cultural e tendo a análise documental como procedimento adotado, o presente texto toma como fonte privilegiada os livros de leitura Piccolo Mondo, além de circulares ministeriais, dicionário biobibliográfico e jornais. Opera ainda com a categoria transnacional como uma abordagem metodológica na História da Educação. Os livros são considerados artefatos culturais que se situam na articulação entre as prescrições impostas pelos programas oficiais e os discursos singulares dos professores. Para o processo de internalização da ideia de nação italiana se fez necessário um projeto político-pedagógico capaz de reunir as noções de nação, Estado e educação moral em um único processo virtuoso. Pode-se afirmar que Piccolo Mondo aderiu ao projeto de criar um “homem novo”, cidadão de um Estado capaz de conduzir a nação à conquista da modernidade.