SUICÍDIO EM PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Introdução: Esta revisão foca no problema do suicídio, destacando a preocupante frequência entre os profissionais de segurança pública, sobremaneira nos policiais, que enfrentam taxas significativamente mais altas de suicídio em comparação à população em geral. Nesse contexto, busca-se entender essa tendência, com ênfase no acesso a meios letais, como armas de fogo, e aborda-se a dificuldade de estimar taxas de suicídio devido à falta de qualidade nas informações e à subnotificação. Objetivo: Analisar o suicídio em profissionais de segurança pública. Métodos: Estudo de Revisão Sistemática delineada conforme as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), a partir das mais robustas e confiáveis bases de literatura na grande área do conhecimento em ciências da saúde para estes tipos de estudo, tais como: National Library of Medicine (PubMed), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Lilacs e Periódicos CAPES. Resultados: 25 artigos revisados sistematicamente, dando ênfase às mais recentes descobertas sobre o suicídio e sua correlação com o fácil acesso a armas de fogo. Conclusão: Não é possível afirmar-se categoricamente que o suicídio em profissionais de segurança pública é alto, se comparado às frequências da população em geral. Porém, em um contexto intracorporação, ou seja, quando se verificam frequências entre profissionais de segurança pública dentro da instituição que compõem, há características que, se sobrepostas, determinam fatores de risco para o suicídio, tais como: gênero masculino e idade média de 40 anos. Ademais, o amplo acesso a armas de fogo, sobremaneira nos momentos de folga, aumenta as chances de o indivíduo antecipar o próprio fim.