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Papa Francisco e a questão dos ministérios eclesiais
O papa Francisco, desde o início de seu pontificado, surpreende tanto com gestos simbólicos, quanto com expressões populares, tais como “Igreja em saída”, “pastor com cheiro das ovelhas”, “hospital de campanha”, “alzheimer espiritual” etc. A este conjunto de expressões, Francisco adicionou duas novas imagens para exemplificar nova sociedade e nova política, mas também as novas relações eclesiais que ele propõe: o poliedro e a pirâmide invertida. Enquanto o poliedro ressalta a diversidade, a pirâmide invertida coloca quem está no topo em posição de serviço e escuta do povo de Deus, procedendo, assim, uma “salutar descentralização” (EG, 16). Como assumir essa perspectiva depois de séculos em que a Igreja foi representada como uma pirâmide monárquica e hierárquica? Assim, este artigo objetiva aprofundar o sentido, significado e importância das imagens da pirâmide invertida e do poliedro na construção de uma Igreja ministerial. A relevância deste artigo consiste em apresentar a compreensão de uma Igreja toda ministerial a partir dos desdobramentos do Concílio Vaticano II, iluminando a partir das percepções do papa Francisco. Ademais, o debate sobre a questão da ministerialidade eclesial exige uma acurada reflexão teológica, pois o tema tem sido assumido como prioridade no pontificado do atual Pontífice.