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FORMAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL E ORDEM PATRIMONIALISTA: o diálogo marxista weberiano na interpretação da produção do espaço urbano no Brasil – O exemplo da cidade do Rio de Janeiro
O presente artigo procura compreender, a partir de um diálogo entre o materialismo histórico-dialético e a teoria da dominação weberiana, os nuances da formação econômico-social brasileira, principalmente sob o ponto de vista da produção do espaço urbano. A hipótese levantada é a de que a dominação patrimonialista se apresentaria como uma permanência estrutural devido a forma pela qual o modo de produção capitalista se desenvolve historicamente no país. Isso acarretaria a existência de uma ordem patrimonialista urbana, que traz como consequências espaciais, diante da concorrência desigual pela interferência do Estado, o favorecimento a concentração e centralização de capitais, a formação de monopólios espaciais e a imposição de domínios territoriais, a exemplo do que ocorre nos cartéis de transporte coletivo encontrados nas cidades brasileiras, e, em especial, no Rio de Janeiro. Para dar validade a discussão aqui proposta utilizou-se de levantamento bibliográfico e jornalístico, bem como foram coletadas informações nos sites das companhias de transporte e instituições públicas.