{"title":"从沮丧到解放的放弃:读曼纽尔·班代拉的《时时的灰烬》//从放弃到解放的放弃:读曼纽尔·班代拉的《时时的灰烬》","authors":"Elzio Quarema Ferreira Filho, Antônio Máximo Ferraz","doi":"10.17851/2358-9787.32.1.150-170","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: o presente artigo propõe-se a realizar uma leitura acerca de A cinza das horas, livro de estreia do poeta Manuel Bandeira (1886-1968), partindo do pressuposto de que a sua recepção como livro melancólico de um autor tísico e desenganado, integrante de um momento menor de uma das maiores obras da poesia brasileira, não abarca a sua miríade de sentidos. Para isso, nossa abordagem interpretativa almejará – inspirada nos dizeres de Martin Heidegger sobre a poesia e sua interpretação – a escuta do dizer da linguagem que ressoa em cada poema interpretado. Assim, vislumbraremos, em A cinza das horas, além de seu notável tom de desalento, a arte em seu papel redentor e até a liberdade de renunciar ao habitual ressentimento perante o sofrimento.Palavras-chave: Manuel Bandeira; Poesia; Renúncia; Ressentimento; A cinza das horas.Abstract: this article proposes to hold a reading on A cinza das horas, debut book of the poet Manuel Bandeira (1886-1968), based on the assumption that its reception as melancholic book of a consumptive and disenchanted author, part of a minor moment of one of the greatest works of Brazilian poetry, does not encompass its myriad of senses. For this, our interpretative approach will aim – inspired by Martin Heidegger’s sayings about poetry and its interpretation – to listen to the saying of the language that resonates in each interpreted poem. 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Do desalento à renúncia libertadora: Uma leitura de A cinza das horas, de Manuel Bandeira// From dismay to the liberating renunciation: A reading of A cinza das horas, by Manuel Bandeira
Resumo: o presente artigo propõe-se a realizar uma leitura acerca de A cinza das horas, livro de estreia do poeta Manuel Bandeira (1886-1968), partindo do pressuposto de que a sua recepção como livro melancólico de um autor tísico e desenganado, integrante de um momento menor de uma das maiores obras da poesia brasileira, não abarca a sua miríade de sentidos. Para isso, nossa abordagem interpretativa almejará – inspirada nos dizeres de Martin Heidegger sobre a poesia e sua interpretação – a escuta do dizer da linguagem que ressoa em cada poema interpretado. Assim, vislumbraremos, em A cinza das horas, além de seu notável tom de desalento, a arte em seu papel redentor e até a liberdade de renunciar ao habitual ressentimento perante o sofrimento.Palavras-chave: Manuel Bandeira; Poesia; Renúncia; Ressentimento; A cinza das horas.Abstract: this article proposes to hold a reading on A cinza das horas, debut book of the poet Manuel Bandeira (1886-1968), based on the assumption that its reception as melancholic book of a consumptive and disenchanted author, part of a minor moment of one of the greatest works of Brazilian poetry, does not encompass its myriad of senses. For this, our interpretative approach will aim – inspired by Martin Heidegger’s sayings about poetry and its interpretation – to listen to the saying of the language that resonates in each interpreted poem. Thus, we will glimpse, in A cinza das horas, beyond its remarkable tone of dismay, the art in its redeeming role and even the freedom of renouncing the usual resentment before the suffering.Keywords: Manuel Bandeira; Poetry; Renunciation; Resentment; A cinza das horas.