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Performance musical como disputa político-discursiva na diáspora
A edição de 2022 do halftime show do Super Bowl, promovido pela National Football League (NFL) dos Estados Unidos (EUA), causou debates por se tratar da primeira edição em que o evento foi dedicado à cultura hip-hop do país. O que poderia parecer uma celebração da cultura negra foi, também, um palco de disputas políticas e discursivas atravessadas na performance. A NFL é objeto de crítica em função do tratamento conferido às pautas raciais, de maneira que os artistas tiveram que buscar estratégias para transmitir na performance a mensagem central do rap: a crítica à opressão racial e a celebração de vidas negras. Neste artigo, proponho analisar as dinâmicas de disputas discursivas que se articulam na construção dessa performance musical, entendendo a raça como uma categoria analítica central e retomando elementos da história e da estrutura do rap para entender de que forma a política performática se deu no show.