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O trabalho em questão tem como objetivo propor, não só a definição da posição do analista, mas também a defesa da lógica da oferta de conforto através da Psicanálise frente às demandas hospitalares. Teve, como motivação inicial, a observação de que pacientes, familiares e equipes hospitalares esperam receber, da figura do analista (representada pelo psicólogo) um tipo específico de conforto e garantia de bem estar. Logo, esta pesquisa visa ainda esclarecer o que não pode um analista no hospital frente à essa expectativa estabelecida pelos atores deste cenário. Para tal, pretendeu-se aprofundar o conhecimento disponível acerca do tema a partir do levantamento de dados bibliográficos em abordagem qualitativa, tendo, como fonte de pesquisa, conceitos e propostas descritos em livros, artigos e textos de caráter científico, principalmente de autores como Freud e Maria Lívia T. Moretto. Logo, revelou-se que o inconsciente, enquanto foco da atuação Psicanalítica, deve ser considerado para que o analista sustente o desvio das garantias de conforto conforme sejam demandadas. Tais garantias, além de impossíveis de serem asseguradas, não consideram a formação única e singular de cada sujeito, estando contrárias à constituição do sentido que opera na Psicanálise. Assim, é de responsabilidade, ainda do analista, promover o manejo psicanalítico no ambiente hospitalar que faz com que paciente, familiar e equipe elaborem rearranjos junto aos sintomas, gerando efeitos que sustentem, de forma saudável, a subjetividade do sujeito no tratamento e no posicionamento frente à doença.