André Luiz Bezerra Tavares, Anita Loureiro de Oliveira
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O texto revela que a deslugarização das bixas pretas, em posição de não compartilhar do imaginário masculino negro, associada a figura do “negão”, bruto e másculo, nem do gay higienizado, branco burguês, promoveu, a partir de discursos hegemônicos e higiênicos da sociedade, a criação do diabo em forma de gente: as bixas-pretas que resistem ao aniquilamento, até mesmo espiritual. Reveladores dessa resistência, se enquadram no conceito de sujeito corporificado. A política de desumanização da humanidade foi o pilar principal para que o diabo ganhasse forma negra e fosse representado por dissidentes sexuais e de gênero. A reivindicação da figura do diabo pelas bixas-pretas diante de uma socioespacialidade infernal, pode ser reconhecida a partir de suas produções artísticas, que aparecem enquanto discursos pessoais, políticos e poéticos.