Gabrieli Santos Boulhosa, Marcos Eduardo Hartwig, Adam Barros Fernandes
{"title":"将 A-DInSAR 技术应用于布鲁库图矿区 GW 部分的地表位移--铁四边形地区","authors":"Gabrieli Santos Boulhosa, Marcos Eduardo Hartwig, Adam Barros Fernandes","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v23-206428","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A mina de Brucutu encontra-se na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero, no município de São Gonçalo do Rio Abaixo, a aproximadamente 120 km a leste de Belo Horizonte, Minas Gerais. Nesse local, a empresa Vale S.A. opera uma das maiores minas de ferro do Brasil. O minério de ferro encontra-se alojado nos itabiritos e em corpos de hematita da Formação Cauê. Essas rochas têm diferentes comportamentos geomecânicos, visto que elas ocorrem em contatos com rochas intrusivas e encontram-se brechadas, intensamente foliadas e fortemente intemperizadas. Os taludes das cotas 1.030 a 1.000 m, do setor GW da cava de Brucutu, vem registrando instabilidades nos últimos anos. O presente estudo visou analisar os deslocamentos superficiais e discutir os prováveis fatores controladores. Utilizou-se a técnica Advanced Differential Radar Interferometry (A-DInSAR) a partir de imagens do sensor COSMO-SkyMed em modo StripMap para monitorar os deslocamentos. Os períodos abrangidos para o desenvolvimento do presente trabalho foram de junho de 2018 a agosto de 2019 e de junho de 2019 a novembro de 2020. As imagens utilizadas foram fornecidas e processadas pela empresa Telespazio Brasil. Foram utilizadas também ortoimagens provenientes de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), dados geológicos-geotécnicos de campo e dados pluviométricos. Os resultados obtidos por meio do monitoramento A-DInSAR mostram que foram identificadas taxas de deslocamento consideráveis (até -76,3 mm/ano) no período chuvoso. As instabilidades presentes na área de estudo são condicionadas pelos seguintes fatores: contato entre rochas intrusivas (IN) e itabirito friável (IF); atitude desfavorável da foliação; e índices pluviométricos elevados que produzem o desmantelamento (erosão) da face dos taludes.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. 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Técnica A-DInSAR aplicada aos deslocamentos superficiais do setor GW da mina de Brucutu – Quadrilátero Ferrífero
A mina de Brucutu encontra-se na porção nordeste do Quadrilátero Ferrífero, no município de São Gonçalo do Rio Abaixo, a aproximadamente 120 km a leste de Belo Horizonte, Minas Gerais. Nesse local, a empresa Vale S.A. opera uma das maiores minas de ferro do Brasil. O minério de ferro encontra-se alojado nos itabiritos e em corpos de hematita da Formação Cauê. Essas rochas têm diferentes comportamentos geomecânicos, visto que elas ocorrem em contatos com rochas intrusivas e encontram-se brechadas, intensamente foliadas e fortemente intemperizadas. Os taludes das cotas 1.030 a 1.000 m, do setor GW da cava de Brucutu, vem registrando instabilidades nos últimos anos. O presente estudo visou analisar os deslocamentos superficiais e discutir os prováveis fatores controladores. Utilizou-se a técnica Advanced Differential Radar Interferometry (A-DInSAR) a partir de imagens do sensor COSMO-SkyMed em modo StripMap para monitorar os deslocamentos. Os períodos abrangidos para o desenvolvimento do presente trabalho foram de junho de 2018 a agosto de 2019 e de junho de 2019 a novembro de 2020. As imagens utilizadas foram fornecidas e processadas pela empresa Telespazio Brasil. Foram utilizadas também ortoimagens provenientes de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), dados geológicos-geotécnicos de campo e dados pluviométricos. Os resultados obtidos por meio do monitoramento A-DInSAR mostram que foram identificadas taxas de deslocamento consideráveis (até -76,3 mm/ano) no período chuvoso. As instabilidades presentes na área de estudo são condicionadas pelos seguintes fatores: contato entre rochas intrusivas (IN) e itabirito friável (IF); atitude desfavorável da foliação; e índices pluviométricos elevados que produzem o desmantelamento (erosão) da face dos taludes.