{"title":"Brasilianas视觉","authors":"Maria Inez Turazzi","doi":"10.20396/modos.v7i3.8674232","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo discute algumas experiências relacionadas à criação, apropriação e circulação de imagens e imaginários sobre o Brasil, a partir do colecionismo de antigas e novas brasilianas. Compreende-se a chamada ‘coleção brasiliana’ como um acervo pluridimensional sobre determinado lugar físico e social atravessado pelo tempo histórico, isto é, como uma coleção formada pela dinâmica dos processos de criação, preservação e difusão de bens culturais, materiais e imateriais, relacionados ao Brasil e aos brasileiros, no passado e no presente. Neste sentido, a patrimonialização de coleções identitárias e o alargamento da noção de brasiliana são analisados a partir da perspectiva teórico-metodológica oferecida pelas reflexões sobre memória, história e esquecimento de Paul Ricouer (1913-2005). Argumentamos que a natureza intrínseca de uma coleção do gênero contempla diversos suportes documentais, modos de colecionar e formas de interação entre os atores sociais envolvidos na escolha e promoção desses bens. Com esta perspectiva, apontamos a mudança provocada pelos meios digitais e sua ampla circulação através da internet para a visualidade, a difusão e a apropriação das brasilianas, a exemplo do que ocorreu com coleções similares (‘americana’, ‘canadiana’, ‘australiana’, etc.). Destacamos, nesse processo, o questionamento das “identidades nacionais” e os “trabalhos da memória” explorados por artistas e curadores contemporâneos.","PeriodicalId":486837,"journal":{"name":"Modos","volume":"34 10","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Brasilianas visuais\",\"authors\":\"Maria Inez Turazzi\",\"doi\":\"10.20396/modos.v7i3.8674232\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O artigo discute algumas experiências relacionadas à criação, apropriação e circulação de imagens e imaginários sobre o Brasil, a partir do colecionismo de antigas e novas brasilianas. Compreende-se a chamada ‘coleção brasiliana’ como um acervo pluridimensional sobre determinado lugar físico e social atravessado pelo tempo histórico, isto é, como uma coleção formada pela dinâmica dos processos de criação, preservação e difusão de bens culturais, materiais e imateriais, relacionados ao Brasil e aos brasileiros, no passado e no presente. Neste sentido, a patrimonialização de coleções identitárias e o alargamento da noção de brasiliana são analisados a partir da perspectiva teórico-metodológica oferecida pelas reflexões sobre memória, história e esquecimento de Paul Ricouer (1913-2005). Argumentamos que a natureza intrínseca de uma coleção do gênero contempla diversos suportes documentais, modos de colecionar e formas de interação entre os atores sociais envolvidos na escolha e promoção desses bens. Com esta perspectiva, apontamos a mudança provocada pelos meios digitais e sua ampla circulação através da internet para a visualidade, a difusão e a apropriação das brasilianas, a exemplo do que ocorreu com coleções similares (‘americana’, ‘canadiana’, ‘australiana’, etc.). Destacamos, nesse processo, o questionamento das “identidades nacionais” e os “trabalhos da memória” explorados por artistas e curadores contemporâneos.\",\"PeriodicalId\":486837,\"journal\":{\"name\":\"Modos\",\"volume\":\"34 10\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-10-22\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Modos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/modos.v7i3.8674232\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Modos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/modos.v7i3.8674232","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O artigo discute algumas experiências relacionadas à criação, apropriação e circulação de imagens e imaginários sobre o Brasil, a partir do colecionismo de antigas e novas brasilianas. Compreende-se a chamada ‘coleção brasiliana’ como um acervo pluridimensional sobre determinado lugar físico e social atravessado pelo tempo histórico, isto é, como uma coleção formada pela dinâmica dos processos de criação, preservação e difusão de bens culturais, materiais e imateriais, relacionados ao Brasil e aos brasileiros, no passado e no presente. Neste sentido, a patrimonialização de coleções identitárias e o alargamento da noção de brasiliana são analisados a partir da perspectiva teórico-metodológica oferecida pelas reflexões sobre memória, história e esquecimento de Paul Ricouer (1913-2005). Argumentamos que a natureza intrínseca de uma coleção do gênero contempla diversos suportes documentais, modos de colecionar e formas de interação entre os atores sociais envolvidos na escolha e promoção desses bens. Com esta perspectiva, apontamos a mudança provocada pelos meios digitais e sua ampla circulação através da internet para a visualidade, a difusão e a apropriação das brasilianas, a exemplo do que ocorreu com coleções similares (‘americana’, ‘canadiana’, ‘australiana’, etc.). Destacamos, nesse processo, o questionamento das “identidades nacionais” e os “trabalhos da memória” explorados por artistas e curadores contemporâneos.