Gabriela Machado Ramos de Almeida, Ana Camila Esteves
{"title":"“我拍摄是为了保存记忆”","authors":"Gabriela Machado Ramos de Almeida, Ana Camila Esteves","doi":"10.29146/eco-ps.v26i2.28125","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esse artigo apresenta uma análise do filme Nous (2021), da cineasta franco-senegalesa Alice Diop, a partir de dois elementos estético-formais: a mise en scène e a montagem. Considerando certos recursos mobilizados na obra, como o uso do autobiográfico em uma perspectiva política que coloca no centro a experiência afrodiaspórica da população francesa de origem migrante, analisamos as dinâmicas entre o individual e o coletivo produzidas pelo filme. Verificamos as relações que Diop cria entre o cotidiano de habitantes racializados da periferia de Paris e de franceses brancos, colocando em perspectiva as complexidades identitárias na França contemporânea e interrogando quem faz parte, afinal, desse “nós” ao qual o título do filme faz referência.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"62 9","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"“Eu filmo para guardar uma lembrança”\",\"authors\":\"Gabriela Machado Ramos de Almeida, Ana Camila Esteves\",\"doi\":\"10.29146/eco-ps.v26i2.28125\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Esse artigo apresenta uma análise do filme Nous (2021), da cineasta franco-senegalesa Alice Diop, a partir de dois elementos estético-formais: a mise en scène e a montagem. Considerando certos recursos mobilizados na obra, como o uso do autobiográfico em uma perspectiva política que coloca no centro a experiência afrodiaspórica da população francesa de origem migrante, analisamos as dinâmicas entre o individual e o coletivo produzidas pelo filme. Verificamos as relações que Diop cria entre o cotidiano de habitantes racializados da periferia de Paris e de franceses brancos, colocando em perspectiva as complexidades identitárias na França contemporânea e interrogando quem faz parte, afinal, desse “nós” ao qual o título do filme faz referência.\",\"PeriodicalId\":286404,\"journal\":{\"name\":\"Revista ECO-Pós\",\"volume\":\"62 9\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-11-08\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista ECO-Pós\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28125\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista ECO-Pós","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.29146/eco-ps.v26i2.28125","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
本文分析了法国-塞内加尔导演爱丽丝·迪奥普的电影《Nous》(2021),从两个美学和形式元素:mise en scene和剪辑。考虑到作品中调动的某些资源,如自传在政治视角下的使用,将法国移民的非洲侨民经历置于中心,我们分析了电影产生的个人和集体之间的动态。我们验证了迪奥普在巴黎郊区种族化居民的日常生活和法国白人之间创造的关系,将当代法国身份的复杂性置于透视之下,并质疑谁是电影标题所指的“我们”的一部分。
Esse artigo apresenta uma análise do filme Nous (2021), da cineasta franco-senegalesa Alice Diop, a partir de dois elementos estético-formais: a mise en scène e a montagem. Considerando certos recursos mobilizados na obra, como o uso do autobiográfico em uma perspectiva política que coloca no centro a experiência afrodiaspórica da população francesa de origem migrante, analisamos as dinâmicas entre o individual e o coletivo produzidas pelo filme. Verificamos as relações que Diop cria entre o cotidiano de habitantes racializados da periferia de Paris e de franceses brancos, colocando em perspectiva as complexidades identitárias na França contemporânea e interrogando quem faz parte, afinal, desse “nós” ao qual o título do filme faz referência.