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Gestar sensibilidades em diálogo: tarefa para a fenomenologia da percepção na era digital
A era digital está promovendo a ruína da vida teórica. O artigo investiga se é possível preservar uma tal vida, beneficiando-se das conquistas da fenomenologia da percepção. Mas isso nos conduz a um desafio que muitos consideram destinado ao fracasso. Trata-se de gestar (formar) sensibilidades em diálogo, subjetividades impactadas pelo acontecimento do aprender e do ensinar. Daí a pergunta: haveria ainda sentido em se falar em corpos grávidos de futuro, subjetividades capazes de reativar e reanimar o convívio intersubjetivo a partir do qual reencontramos nossa participação na cultura e na história? Aposta-se na resposta de que somos ainda capazes de afirmar a nossa liberdade, reivindicando uma responsabilidade pelo futuro. Responsabilidade que tem seu ponto de partida numa fenomenologia da percepção.