{"title":"“不要邀请年轻人参加葬礼”:葡萄牙激进右翼对1974年4月25日革命的反应和代表(1974-1985)","authors":"Bruno Madeira","doi":"10.5565/rev/rubrica.303","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A revolução de 25 de Abril de 1974 e o derrube do Estado Novo provocaram uma transformação radical das estruturas políticas portuguesas e da sua orientação ideológica. As direitas radicais, que, durante a ditadura, se dividiram entre o apoio à Situação e a formação de grupos ultra que reivindicavam o aprofundamento da natureza nacional-revolucionária do regime, viram-se, subitamente, na necessidade de se reinventar e de disputar o poder com forças dotadas do prestígio da resistência. Este artigo apresenta e discute as representações que este campo político propôs, na primeira década de democracia em Portugal, acerca da Ditadura Militar, do salazarismo, do marcelismo, da revolução e do processo de democratização do país. A partir da análise das publicações periódicas que, sobretudo a partir da reorganização de 1976, começaram o trabalho de inculcação da narrativa da direita radical na sociedade portuguesa, das iniciativas editoriais que os principais quadros e agitadores desta área política animaram e dos documentos programáticos e propagandísticos que os partidos da extrema-direita publicaram entre 25 de Abril e 28 de Setembro de 1974, problematizamos a evolução do discurso acerca da democracia e do pluralismo partidário e o projecto de país e de sociedade que propunham.","PeriodicalId":443947,"journal":{"name":"Rúbrica Contemporánea","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"«Não se convida a juventude para um enterro»: as reacções e as representações da direita radical portuguesa acerca da Revolução de 25 de Abril de 1974 (1974-1985)\",\"authors\":\"Bruno Madeira\",\"doi\":\"10.5565/rev/rubrica.303\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A revolução de 25 de Abril de 1974 e o derrube do Estado Novo provocaram uma transformação radical das estruturas políticas portuguesas e da sua orientação ideológica. As direitas radicais, que, durante a ditadura, se dividiram entre o apoio à Situação e a formação de grupos ultra que reivindicavam o aprofundamento da natureza nacional-revolucionária do regime, viram-se, subitamente, na necessidade de se reinventar e de disputar o poder com forças dotadas do prestígio da resistência. Este artigo apresenta e discute as representações que este campo político propôs, na primeira década de democracia em Portugal, acerca da Ditadura Militar, do salazarismo, do marcelismo, da revolução e do processo de democratização do país. A partir da análise das publicações periódicas que, sobretudo a partir da reorganização de 1976, começaram o trabalho de inculcação da narrativa da direita radical na sociedade portuguesa, das iniciativas editoriais que os principais quadros e agitadores desta área política animaram e dos documentos programáticos e propagandísticos que os partidos da extrema-direita publicaram entre 25 de Abril e 28 de Setembro de 1974, problematizamos a evolução do discurso acerca da democracia e do pluralismo partidário e o projecto de país e de sociedade que propunham.\",\"PeriodicalId\":443947,\"journal\":{\"name\":\"Rúbrica Contemporánea\",\"volume\":\"66 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-09-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Rúbrica Contemporánea\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5565/rev/rubrica.303\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Rúbrica Contemporánea","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5565/rev/rubrica.303","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
«Não se convida a juventude para um enterro»: as reacções e as representações da direita radical portuguesa acerca da Revolução de 25 de Abril de 1974 (1974-1985)
A revolução de 25 de Abril de 1974 e o derrube do Estado Novo provocaram uma transformação radical das estruturas políticas portuguesas e da sua orientação ideológica. As direitas radicais, que, durante a ditadura, se dividiram entre o apoio à Situação e a formação de grupos ultra que reivindicavam o aprofundamento da natureza nacional-revolucionária do regime, viram-se, subitamente, na necessidade de se reinventar e de disputar o poder com forças dotadas do prestígio da resistência. Este artigo apresenta e discute as representações que este campo político propôs, na primeira década de democracia em Portugal, acerca da Ditadura Militar, do salazarismo, do marcelismo, da revolução e do processo de democratização do país. A partir da análise das publicações periódicas que, sobretudo a partir da reorganização de 1976, começaram o trabalho de inculcação da narrativa da direita radical na sociedade portuguesa, das iniciativas editoriais que os principais quadros e agitadores desta área política animaram e dos documentos programáticos e propagandísticos que os partidos da extrema-direita publicaram entre 25 de Abril e 28 de Setembro de 1974, problematizamos a evolução do discurso acerca da democracia e do pluralismo partidário e o projecto de país e de sociedade que propunham.