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A formação inicial de professores de Geografia em Portugal. O desafio da qualidade
No século XIX, não havia formação superior em Geografia e aguardava-se que o professor da disciplina tivesse os melhores conhecimentos geográficos possíveis para lecionar este saber disciplinar emergente. No começo do século seguinte, institui-se, finalmente, a formação inicial de docentes da disciplina, mas o mal-estar da academia perante a mesma é evidente. Em 1930, a mesma formação é remetida para as escolas, onde é tutorada por docentes experientes; vai sendo progressivamente alargada a mais escolas e adaptada, com a expansão do sistema de ensino. A partir de 1987, por imposição das autoridades educativas, a formação inicial regressa, de novo, às universidades, acabando por se impor o modelo da licenciatura em ensino, de formação em 5 anos, o último numa escola. Em 2007, são criados os mestrados em ensino e o governo integra a formação de docentes de Geografia e História (3.º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário – 12-15 anos e 15-18 anos) num único curso, o que apontava para a integração destas disciplinas, desvalorizando as ciências sociais. Numa luta inédita, realiza-se uma petição pública ao parlamento português e é criado, em 2014, o Mestrado em Ensino de Geografia (em paralelo com o de História), a que acedem licenciados com, pelo menos, dois anos de formação em Geografia. Neste longo percurso, dignificou-se a formaçao inicial, perduram os desafios de uma maior investigação em Didática da Geografia.