Paula Beatriz de Souza Mendonça, Janete Lima de Castro
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A maioria dos cursos segue ou se adequou às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Saúde Coletiva (DCNsCGSC), com predominância de carga horária igual ou superior a 3.200 horas, duração de oito a nove semestres e média de quatro anos, havendo turno noturno em 45,5% dos cursos. A oferta média é de 1.864 vagas/ano, 68% dos cursos são oferecidos por universidades federais, e 77,3% deles recebem a nomenclatura de bacharelado em saúde coletiva. Dos 18 cursos avaliados pelo Ministério da Educação (MEC), 67% são avaliados com conceito 5. A formação permite uma construção do conhecimento de forma gradativa a partir das bases da saúde coletiva. Os cursos articulam-se com os serviços e os sistemas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e com a comunidade através de aulas práticas, estágios, pesquisa e projetos de extensão, fortalecendo o contato prático dos alunos com situações reais de saúde da população. Conclui-se que, embora o país esteja vivenciando uma crise na educação superior, os cursos de graduação em saúde coletiva estão na contramão dessa realidade. Apesar de as DCNsCGSC não estarem em vigor devido à não publicação pelo MEC em Diário Oficial, os cursos estão em conformidade com elas. 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Graduação em saúde coletiva: o que dizem os projetos pedagógicos
O objeto de estudo desta dissertação é a formação do sanitarista no nível de graduação. Delimita-se na história dos cursos de graduação em saúde coletiva e no desenho formativo realizado para a nova profissão. Objetiva-se analisar a formação na graduação em saúde coletiva dos cursos existentes no Brasil à luz dos projetos pedagógicos dos cursos. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório com abordagem documental, utilizando o método da análise de conteúdo. Depois da análise de 22 projetos, os resultados demonstraram uma abertura gradual dos cursos, com concentração entre 2008 e 2009, sendo o último aberto em 2019, e que estão organizados em maior número na região Norte, com 27,3%. A maioria dos cursos segue ou se adequou às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Saúde Coletiva (DCNsCGSC), com predominância de carga horária igual ou superior a 3.200 horas, duração de oito a nove semestres e média de quatro anos, havendo turno noturno em 45,5% dos cursos. A oferta média é de 1.864 vagas/ano, 68% dos cursos são oferecidos por universidades federais, e 77,3% deles recebem a nomenclatura de bacharelado em saúde coletiva. Dos 18 cursos avaliados pelo Ministério da Educação (MEC), 67% são avaliados com conceito 5. A formação permite uma construção do conhecimento de forma gradativa a partir das bases da saúde coletiva. Os cursos articulam-se com os serviços e os sistemas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e com a comunidade através de aulas práticas, estágios, pesquisa e projetos de extensão, fortalecendo o contato prático dos alunos com situações reais de saúde da população. Conclui-se que, embora o país esteja vivenciando uma crise na educação superior, os cursos de graduação em saúde coletiva estão na contramão dessa realidade. Apesar de as DCNsCGSC não estarem em vigor devido à não publicação pelo MEC em Diário Oficial, os cursos estão em conformidade com elas. A formação segue as bases da saúde coletiva, de modo que cumpre o objetivo de fortalecimento do SUS para a formação de recursos humanos em saúde.