Orlando Vieira Gomes, Jandir Mendonça Nicacio, Manoel Pereira Guimarães, Leela Morená, Carlos Dornels Freire de Souza, Anderson da Costa Armstrong
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Durante essa experiência, os participantes puderam compreender a complexidade e fragilidade do sistema de saúde dessas comunidades, bem como estabelecer uma relação dialógica, respeitosa e construtiva, valorizando os indígenas como protagonistas do processo. Por meio da construção mútua de aprendizado, foi possível superar as barreiras associadas a preconceitos e estereótipos, possibilitando uma abordagem mais humanizada e efetiva para atender às necessidades dessas populações. O projeto permitiu compreender os desafios enfrentados pelas populações indígenas na transição epidemiológica e a necessidade de políticas públicas de saúde específicas. A lacuna na formação de profissionais de saúde em relação às competências para atender esses povos também foi identificada. 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摘要
巴西土著人民在改变流行病学状况方面面临重大挑战。除了传染病,慢性非传染性疾病的增加归因于生活方式的改变和不适当的饮食习惯。2015年,成立了土著动脉粥样硬化项目,以研究城市化对巴西东北部两个土著社区健康的影响。在本文中,我们将报告来自sao Francisco valley两所公立大学的学生和教师在一个项目中的经验,该项目允许开发技能,以满足土著社区的具体需求。在这一经验中,参与者能够了解这些社区卫生系统的复杂性和脆弱性,并建立对话、尊重和建设性的关系,重视土著人民作为这一进程的主角。通过相互学习的建设,有可能克服与偏见和陈规定型观念有关的障碍,从而有可能采取更人性化和有效的办法来满足这些人口的需要。该项目使我们能够了解土著人民在流行病学过渡期间面临的挑战以及制定具体公共卫生政策的必要性。还查明了保健专业人员在为这些人服务的技能方面的培训方面的差距。该项目强调了高等教育对这些社区作出社会承诺的重要性,确保更全面和包容的培训,以提供合格和人性化的援助。
Desafios e oportunidades na promoção e educação em saúde em comunidades indígenas: relato de experiência
As populações indígenas do Brasil enfrentam desafios significativos na mudança do perfil epidemiológico. Além das doenças infectocontagiosas, o aumento de doenças crônicas não transmissíveis é atribuído às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares inadequados. Em 2015, foi criado o Projeto de Aterosclerose em Indígenas para estudar o impacto da urbanização na saúde de duas comunidades indígenas do Nordeste do Brasil. Neste artigo, será relatada a experiência vivenciada por estudantes e docentes de duas universidades públicas do Vale do São Francisco em um projeto que permitiu o desenvolvimento de habilidades para abordar necessidades específicas das comunidades indígenas. Durante essa experiência, os participantes puderam compreender a complexidade e fragilidade do sistema de saúde dessas comunidades, bem como estabelecer uma relação dialógica, respeitosa e construtiva, valorizando os indígenas como protagonistas do processo. Por meio da construção mútua de aprendizado, foi possível superar as barreiras associadas a preconceitos e estereótipos, possibilitando uma abordagem mais humanizada e efetiva para atender às necessidades dessas populações. O projeto permitiu compreender os desafios enfrentados pelas populações indígenas na transição epidemiológica e a necessidade de políticas públicas de saúde específicas. A lacuna na formação de profissionais de saúde em relação às competências para atender esses povos também foi identificada. O projeto destacou a importância de o ensino superior assumir um compromisso social com essas comunidades, garantindo uma formação mais abrangente e inclusiva para oferecer assistência qualificada e humanizada.