Morbimortabilidade hospitalar por neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe em hospitais públicos baianos

Os cânceres orais, juntamente com os cânceres faríngeos, estão entre os dez tipos mais comuns de cânceres ocorrentes em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos. Poucos estudos têm avaliado as características epidemiológicas e clínico-patológicas do câncer oral no Brasil, e a maioria deles foi conduzida na região Sudeste do país, refletindo a escassez de informações relativas a esse tipo de neoplasia no Nordeste brasileiro. O objetivo deste artigo foi avaliar os aspectos epidemiológicos de morbimortalidade por neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe de pacientes atendidos em hospitais públicos no estado da Bahia no período de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com coleta de dados secundários de mortalidade e morbidade hospitalar, disponibilizados no banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus) do Brasil. Ao todo, foram registradas 6.527 internações por neoplasias malignas. Identificou-se que as regiões Leste, Centro-Leste e Sudoeste apresentaram a maior proporção de usuários hospitalizados, correspondendo a 25,5%, 21,6% e 13,3%, respectivamente. Foram registrados 880 óbitos. Observa-se que a maior morbimortalidade hospitalar ocorreu em homens pretos e pardos na faixa etária de 50 a 69 anos.