{"title":"贾米尔·斯尼格和《地下编年史》","authors":"Ralf Pirilo Faeda","doi":"10.55391/1679-821x.2022.2992","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Surgida em um contexto urbano, produto híbrido da ascensão do jornal e do início da queda do interesse pelo livro, a crônica se desenvolveu de maneira bastante particular no Brasil, adaptando o tom informal de seus primeiros dias à realidade nacional do final do século XIX. Parte da crítica literária, em razão da aparente despretensão da crônica, dedicou-se a relegar a ela o papel de gênero menor, e aos cronistas uma casca de irreverência e leveza nem sempre condizente. Ao retratar a cidade e o sujeito que a ocupa e a constrói, coube ao cronista bem mais do que o mero papel de distrair leitores. O olhar do cronista, que não vem do alto e tampouco cola-se ao chão, encara a cidade com os olhos que sabem ver, dispostos a evidenciar as minúcias do cotidiano. Na tentativa de realçar o olhar arguto do cronista e questionar a pretensa leveza da crônica, este artigo apresenta uma análise do livro “Como tornar-se invisível em Curitiba”, do escritor Jamil Snege.","PeriodicalId":53285,"journal":{"name":"Revista Uniandrade","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"JAMIL SNEGE E A CRÔNICA ALÉM DO CHÃO\",\"authors\":\"Ralf Pirilo Faeda\",\"doi\":\"10.55391/1679-821x.2022.2992\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Surgida em um contexto urbano, produto híbrido da ascensão do jornal e do início da queda do interesse pelo livro, a crônica se desenvolveu de maneira bastante particular no Brasil, adaptando o tom informal de seus primeiros dias à realidade nacional do final do século XIX. Parte da crítica literária, em razão da aparente despretensão da crônica, dedicou-se a relegar a ela o papel de gênero menor, e aos cronistas uma casca de irreverência e leveza nem sempre condizente. Ao retratar a cidade e o sujeito que a ocupa e a constrói, coube ao cronista bem mais do que o mero papel de distrair leitores. O olhar do cronista, que não vem do alto e tampouco cola-se ao chão, encara a cidade com os olhos que sabem ver, dispostos a evidenciar as minúcias do cotidiano. Na tentativa de realçar o olhar arguto do cronista e questionar a pretensa leveza da crônica, este artigo apresenta uma análise do livro “Como tornar-se invisível em Curitiba”, do escritor Jamil Snege.\",\"PeriodicalId\":53285,\"journal\":{\"name\":\"Revista Uniandrade\",\"volume\":\"60 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-09-05\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Uniandrade\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.55391/1679-821x.2022.2992\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Uniandrade","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.55391/1679-821x.2022.2992","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
编年史出现在城市背景下,是报纸兴起和对书籍兴趣开始下降的混合产物,它在巴西以一种非常特殊的方式发展,使其早期的非正式语气适应19世纪末的国家现实。部分文学批评,由于编年史明显的朴实无实,致力于将次要体裁的角色降级到编年史者的角色,一种不敬和轻松的外壳并不总是一致的。在描绘城市和占据和建造城市的主题时,编年史者的角色不仅仅是分散读者的注意力。编年史家的目光不是从上面来的,也不是粘在地面上的,而是用他们知道如何看到的眼睛面对城市,愿意突出日常生活的细节。本文分析了贾米尔·斯尼格(Jamil Snege)的《如何在库里蒂巴隐形》(Como tornar ser invisible em Curitiba)一书,试图突出编年史作者敏锐的目光,并质疑编年史所谓的轻松。
Surgida em um contexto urbano, produto híbrido da ascensão do jornal e do início da queda do interesse pelo livro, a crônica se desenvolveu de maneira bastante particular no Brasil, adaptando o tom informal de seus primeiros dias à realidade nacional do final do século XIX. Parte da crítica literária, em razão da aparente despretensão da crônica, dedicou-se a relegar a ela o papel de gênero menor, e aos cronistas uma casca de irreverência e leveza nem sempre condizente. Ao retratar a cidade e o sujeito que a ocupa e a constrói, coube ao cronista bem mais do que o mero papel de distrair leitores. O olhar do cronista, que não vem do alto e tampouco cola-se ao chão, encara a cidade com os olhos que sabem ver, dispostos a evidenciar as minúcias do cotidiano. Na tentativa de realçar o olhar arguto do cronista e questionar a pretensa leveza da crônica, este artigo apresenta uma análise do livro “Como tornar-se invisível em Curitiba”, do escritor Jamil Snege.