Perfil ocupacional e lúdico de crianças em contexto hospitalar

Objetivo: Compreender o perfil ocupacional e lúdico de crianças internadas em um hospital referência em saúde materno e infantil. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quanti-qualitativa dos dados. A amostra contemplou seis crianças e seus respectivos acompanhantes. Os critérios de inclusão foram crianças que estavam internadas há pelo menos dois dias, de ambos os sexos e encontram-se na faixa etária de 8 a 13 anos. Também foram incluídos os acompanhantes das crianças, maiores de 18 anos, que concordaram em participar do estudo e assinaram os termos éticos necessários. Não foram incluídas as crianças com comprometimentos cognitivos ou que estavam traqueostomizadas, internadas em outras enfermarias do hospital, não conseguiam verbalizar e escrever, que se encontravam em isolamento no momento da coleta, e que apresentavam COVID-19 ou sintomas de síndrome gripal . Os instrumentos utilizados foram a entrevista semiestruturada perfil ocupacional, formulário perfil clínico e caderno de desenho. Os dados foram analisados baseando-se na análise de conteúdo e estatística descritiva. Resultados: 83% das crianças eram do sexo feminino, todas em idade escolar, estiveram internadas anteriormente e residiam no interior do estado. O brincar e a educação foram as ocupações que mais sofreram alterações após admissão hospitalar. Conclusões: A hospitalização influenciou no funcionamento de aspectos biopsicossociais e no engajamento nos perfis ocupacional e lúdico dos indivíduos, obtendo-se relação desses com ausência de brinquedoteca na enfermaria, além de intervenções continuas e que validem os desligamentos e entraves que a internação hospitalar provoca nas rotinas e perfil ocupacional do público hospitalizado.