Corine Magalhães Gomes, Marcelo Lopes Barbosa, Cecília Maria Ponte Ribeiro, Suzanna Araújo Tavares Barbosa, Stephanie Wilkes da Silva, Lanese Medeiros de Figueiredo
{"title":"重症监护病房收治的妊娠滋养细胞疾病病例的独特演变","authors":"Corine Magalhães Gomes, Marcelo Lopes Barbosa, Cecília Maria Ponte Ribeiro, Suzanna Araújo Tavares Barbosa, Stephanie Wilkes da Silva, Lanese Medeiros de Figueiredo","doi":"10.20513/2447-6595.2023v63n1e83597p1-4","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Objetivos: Relatar caso de paciente com mola hidatiforme que necessitou de internação em unidade de terapia intensiva por complicações incomuns dessa patologia. Metodologia: Descritiva, tipo relato de caso. Busca de dados em prontuário eletrônico. Resultados: A doença trofoblástica gestacional (DTG) abrange uma série de afecções oriundas da proliferação anormal de tecido trofoblástico. Descrevemos o caso de uma primigesta, 22 anos, internada em unidade de terapia intensiva (UTI) com sangramento transvaginal importante, níveis desmedidos de beta-gonadotrofina coriônica humana (beta-HCG) e ultrassonografia compatível com DTG. Descarga simpática grave era notável e os hormônios tireoideanos apontavam hipertireoidismo. Foi submetida a curetagem uterina, suporte geral/transfusional e drogas antitireoideanas. Evoluiu com insuficiência respiratória ainda no primeiro dia de UTI e necessitou de ventilação mecânica invasiva após 3 dias dada embolização trofoblástica aos pulmões. Seguida a nova curetagem uterina sobreveio melhora clínica substancial (extubação), mas surgiu hemólise microangiopática revertida com 4 sessões de plasmaférese. Alta efetivada transcorridos 12 dias de UTI. Conclusões: Deve-se atentar para a possibilidade de DTG evoluir com distúrbios inusitados com potencial de morbidade maior tais como embolização para leito pulmonar, disfunção tireoideana e púrpura trombocitopênica trombótica, sendo assim o manejo não só multidisciplinar quanto desafiador.","PeriodicalId":21212,"journal":{"name":"Revista de Medicina da UFC","volume":"213 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Evolução singular de um caso de doença trofoblástica gestacional admitida em uma unidade de terapia intensiva\",\"authors\":\"Corine Magalhães Gomes, Marcelo Lopes Barbosa, Cecília Maria Ponte Ribeiro, Suzanna Araújo Tavares Barbosa, Stephanie Wilkes da Silva, Lanese Medeiros de Figueiredo\",\"doi\":\"10.20513/2447-6595.2023v63n1e83597p1-4\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Objetivos: Relatar caso de paciente com mola hidatiforme que necessitou de internação em unidade de terapia intensiva por complicações incomuns dessa patologia. Metodologia: Descritiva, tipo relato de caso. Busca de dados em prontuário eletrônico. Resultados: A doença trofoblástica gestacional (DTG) abrange uma série de afecções oriundas da proliferação anormal de tecido trofoblástico. Descrevemos o caso de uma primigesta, 22 anos, internada em unidade de terapia intensiva (UTI) com sangramento transvaginal importante, níveis desmedidos de beta-gonadotrofina coriônica humana (beta-HCG) e ultrassonografia compatível com DTG. Descarga simpática grave era notável e os hormônios tireoideanos apontavam hipertireoidismo. Foi submetida a curetagem uterina, suporte geral/transfusional e drogas antitireoideanas. Evoluiu com insuficiência respiratória ainda no primeiro dia de UTI e necessitou de ventilação mecânica invasiva após 3 dias dada embolização trofoblástica aos pulmões. Seguida a nova curetagem uterina sobreveio melhora clínica substancial (extubação), mas surgiu hemólise microangiopática revertida com 4 sessões de plasmaférese. Alta efetivada transcorridos 12 dias de UTI. Conclusões: Deve-se atentar para a possibilidade de DTG evoluir com distúrbios inusitados com potencial de morbidade maior tais como embolização para leito pulmonar, disfunção tireoideana e púrpura trombocitopênica trombótica, sendo assim o manejo não só multidisciplinar quanto desafiador.\",\"PeriodicalId\":21212,\"journal\":{\"name\":\"Revista de Medicina da UFC\",\"volume\":\"213 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-10-06\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista de Medicina da UFC\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20513/2447-6595.2023v63n1e83597p1-4\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Medicina da UFC","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20513/2447-6595.2023v63n1e83597p1-4","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Evolução singular de um caso de doença trofoblástica gestacional admitida em uma unidade de terapia intensiva
Objetivos: Relatar caso de paciente com mola hidatiforme que necessitou de internação em unidade de terapia intensiva por complicações incomuns dessa patologia. Metodologia: Descritiva, tipo relato de caso. Busca de dados em prontuário eletrônico. Resultados: A doença trofoblástica gestacional (DTG) abrange uma série de afecções oriundas da proliferação anormal de tecido trofoblástico. Descrevemos o caso de uma primigesta, 22 anos, internada em unidade de terapia intensiva (UTI) com sangramento transvaginal importante, níveis desmedidos de beta-gonadotrofina coriônica humana (beta-HCG) e ultrassonografia compatível com DTG. Descarga simpática grave era notável e os hormônios tireoideanos apontavam hipertireoidismo. Foi submetida a curetagem uterina, suporte geral/transfusional e drogas antitireoideanas. Evoluiu com insuficiência respiratória ainda no primeiro dia de UTI e necessitou de ventilação mecânica invasiva após 3 dias dada embolização trofoblástica aos pulmões. Seguida a nova curetagem uterina sobreveio melhora clínica substancial (extubação), mas surgiu hemólise microangiopática revertida com 4 sessões de plasmaférese. Alta efetivada transcorridos 12 dias de UTI. Conclusões: Deve-se atentar para a possibilidade de DTG evoluir com distúrbios inusitados com potencial de morbidade maior tais como embolização para leito pulmonar, disfunção tireoideana e púrpura trombocitopênica trombótica, sendo assim o manejo não só multidisciplinar quanto desafiador.