Saulo Henrique Campello de Freitas, Ariane Aragão Alves, Tatiane Maria Lisbôa de Lira, Andrey Lucas Rodrigues da Silva, Ariane Silva Vital de Souza, Camilla de Andrade Tenorio Cavalcanti, Isvânia Maria Serafim da Silva Lopes
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Foram utilizados os descritores “Schizophrenia”, “Disorder” e “Cognition” e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 13 artigos para a realização da revisão. Resultados. Os artigos eram predominantemente ensaios clínicos de origem europeia. Para avaliar os prejuízos neurocognitivos, utilizou-se as escalas MATRICS Consensus Cognitive Battery (MCCB), Brief Assessment of Cognition in Schizophrenia (BACS) e a The Schizophrenia Cognition Rating Scale (SCoRS). A esquizofrenia afeta significativamente a neurocognição, tendo como domínios mais prejudicados a memória de trabalho e a velocidade de processamento. Entre as regiões cerebrais afetadas com o declínio cognitivo associado ao transtorno, observou-se déficits no funcionamento no giro pós-central esquerdo, giro frontal médio caudal esquerdo e na ínsula esquerda. Não foi possível esclarecer a relação entre o prejuízo cognitivo com o estágio do transtorno esquizofrênico. 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Os impactos da esquizofrenia na neurocognição: uma revisão de escopo
Introdução. O transtorno da esquizofrenia é caracterizado por sintomas positivos e negativos, os quais acarretam prejuízos funcionais na dinâmica social, afetiva e profissional. Os déficits cognitivos estão entre os principais sintomas da esquizofrenia, envolvendo a cognição social e a neurocognição. Objetivo. Identificar os impactos da esquizofrenia na neurocognição e os domínios mais comprometidos. Método. Revisão de escopo com estudos sobre esquizofrenia e impactos cognitivos. Foram utilizados os descritores “Schizophrenia”, “Disorder” e “Cognition” e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 13 artigos para a realização da revisão. Resultados. Os artigos eram predominantemente ensaios clínicos de origem europeia. Para avaliar os prejuízos neurocognitivos, utilizou-se as escalas MATRICS Consensus Cognitive Battery (MCCB), Brief Assessment of Cognition in Schizophrenia (BACS) e a The Schizophrenia Cognition Rating Scale (SCoRS). A esquizofrenia afeta significativamente a neurocognição, tendo como domínios mais prejudicados a memória de trabalho e a velocidade de processamento. Entre as regiões cerebrais afetadas com o declínio cognitivo associado ao transtorno, observou-se déficits no funcionamento no giro pós-central esquerdo, giro frontal médio caudal esquerdo e na ínsula esquerda. Não foi possível esclarecer a relação entre o prejuízo cognitivo com o estágio do transtorno esquizofrênico. Houve também correlação entre comprometimento neurocognitivo com o nível de gravidade dos sintomas, especialmente os negativos. Conclusão. O impacto da esquizofrenia no campo da neurocognição é severo, demonstrando, portanto, a necessidade de uma maior amplitude no tratamento do transtorno e no olhar acerca dos sintomas, indo além dos positivos e negativos mais associados ao transtorno esquizofrênico.