{"title":"Alexina de magalhaes和Lavinia Raymond","authors":"Angela de Castro Gomes, Martha Abreu","doi":"10.9771/aa.v0i66.47529","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo discute como teses interpretativas muito compartilhadas sobre o racismo e o folclore negro podem se transformar a partir do trabalho de pesquisa etnográfica, aqui entendido como uma prática de mediação cultural. Alexina de Magalhães Pinto e Lavinia Costa Raymond foram duas intelectuais brancas, professoras e autoras, que apesar de hoje esquecidas, projetaram-se no mundo letrado e acadêmico de seu tempo. Atuaram em dois momentos decisivos, mesmo que distintos, para os debates sobre a questão racial no Brasil: as décadas de 1900 a 1920 e de 1935 a 1955. Enfrentaram, cada uma a sua maneira, ainda que de forma inicial e ambígua, as teses sobre o desaparecimento das expressões culturais afro-brasileiras, encontrando caminhos para a valorização do patrimônio cultural construído pelos descendentes de escravizados.","PeriodicalId":163081,"journal":{"name":"Afro-Ásia","volume":"287 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-02-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Alexina de Magalhães e Lavinia Raymond\",\"authors\":\"Angela de Castro Gomes, Martha Abreu\",\"doi\":\"10.9771/aa.v0i66.47529\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo discute como teses interpretativas muito compartilhadas sobre o racismo e o folclore negro podem se transformar a partir do trabalho de pesquisa etnográfica, aqui entendido como uma prática de mediação cultural. Alexina de Magalhães Pinto e Lavinia Costa Raymond foram duas intelectuais brancas, professoras e autoras, que apesar de hoje esquecidas, projetaram-se no mundo letrado e acadêmico de seu tempo. Atuaram em dois momentos decisivos, mesmo que distintos, para os debates sobre a questão racial no Brasil: as décadas de 1900 a 1920 e de 1935 a 1955. Enfrentaram, cada uma a sua maneira, ainda que de forma inicial e ambígua, as teses sobre o desaparecimento das expressões culturais afro-brasileiras, encontrando caminhos para a valorização do patrimônio cultural construído pelos descendentes de escravizados.\",\"PeriodicalId\":163081,\"journal\":{\"name\":\"Afro-Ásia\",\"volume\":\"287 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-02-03\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Afro-Ásia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.9771/aa.v0i66.47529\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Afro-Ásia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/aa.v0i66.47529","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo discute como teses interpretativas muito compartilhadas sobre o racismo e o folclore negro podem se transformar a partir do trabalho de pesquisa etnográfica, aqui entendido como uma prática de mediação cultural. Alexina de Magalhães Pinto e Lavinia Costa Raymond foram duas intelectuais brancas, professoras e autoras, que apesar de hoje esquecidas, projetaram-se no mundo letrado e acadêmico de seu tempo. Atuaram em dois momentos decisivos, mesmo que distintos, para os debates sobre a questão racial no Brasil: as décadas de 1900 a 1920 e de 1935 a 1955. Enfrentaram, cada uma a sua maneira, ainda que de forma inicial e ambígua, as teses sobre o desaparecimento das expressões culturais afro-brasileiras, encontrando caminhos para a valorização do patrimônio cultural construído pelos descendentes de escravizados.