Eduardo Elambo Caiangula, Albano Vicente Lopes Ferreira, Manuel Simão
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A frequência da HTA e outros factores de risco de doença cardiovascular em grupos profissionais em Angola é pouco conhecida.Objectivo: O objectivo do presente trabalho foi determinar a prevalência da hipertensão arterial e factores de risco cardiovascular em profissionais de enfermagem do Hospital Geral do Bié (HGB), Angola.Metodologia: Foi feito um estudo descritivo, transversal em uma amostra por conveniência constituída por 307 (72,7%) enfermeiros de ambos os sexos (13% homens e 87% mulheres) na faixa etária de 29 a 67 (45±7) anos de idade, das diferentes categorias e estratificados por nível socioeconómico, de Setembro a Dezembro de 2019. Além da HTA foram avaliados o estado ponderal, a dislipidemia, a glicemia e a presença de hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Os dados foram apresentados como médias e percentagem.Resultados: A frequência de HTA foi de 36,8% (homens, 42,2%; mulheres 36%), de obesidade 27,7% (homens, 30%; mulheres, 27,3%), de dislipidemia 16,6% (homens, 17,5%; mulheres, 15,7%), de diabetes 16,0% (homens, 5%; mulheres, 17,6%) e de HVE pelo índice de massa ventricular esquerda 27,7% (homens, 35%; mulheres, 26,6%). A média da pressão arterial sistólica mostrou uma tendência de aumento com a redução do nível sócioeconómico (I tercil, 140,6±22,5; II tercil, 132,3±24,8; III tercil, 129,9±21,7 mmHg). Entretanto, a classe socioeconómica média apresentou maior frequência de HTA (45%), dislipidemia (87%), diabetes (34,8%) e HVE (39,3%).Conclusão: A frequência de HTA, dislipidemia, diabetes e HVE é elevada em profissionais de enfermagem do HGB sugerindo um efeito importante das alterações metabólicas e da sobrecarga cardíaca sobre o risco cardiovascular. Os dados apontam para a necessidade de novos estudos e da adopção de medidas de prevenção, tratamento e controlo das doenças cardiovasculares neste grupo particular.","PeriodicalId":176982,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Clinical Medicine and Review","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Prevalência da Hipertensão Arterial e Factores de Risco Cardiovascular em Profissionais de Enfermagem de um Hospital Público de Angola\",\"authors\":\"Eduardo Elambo Caiangula, Albano Vicente Lopes Ferreira, Manuel Simão\",\"doi\":\"10.52600/2965-0968.bjcmr.2023.1.suppl.2.15\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: A hipertensão arterial sistémica (HTA) é um factor de risco importante de doenças cardiovasculares, considerado um problema de saúde pública. 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Prevalência da Hipertensão Arterial e Factores de Risco Cardiovascular em Profissionais de Enfermagem de um Hospital Público de Angola
Introdução: A hipertensão arterial sistémica (HTA) é um factor de risco importante de doenças cardiovasculares, considerado um problema de saúde pública. A frequência da HTA e outros factores de risco de doença cardiovascular em grupos profissionais em Angola é pouco conhecida.Objectivo: O objectivo do presente trabalho foi determinar a prevalência da hipertensão arterial e factores de risco cardiovascular em profissionais de enfermagem do Hospital Geral do Bié (HGB), Angola.Metodologia: Foi feito um estudo descritivo, transversal em uma amostra por conveniência constituída por 307 (72,7%) enfermeiros de ambos os sexos (13% homens e 87% mulheres) na faixa etária de 29 a 67 (45±7) anos de idade, das diferentes categorias e estratificados por nível socioeconómico, de Setembro a Dezembro de 2019. Além da HTA foram avaliados o estado ponderal, a dislipidemia, a glicemia e a presença de hipertrofia ventricular esquerda (HVE). Os dados foram apresentados como médias e percentagem.Resultados: A frequência de HTA foi de 36,8% (homens, 42,2%; mulheres 36%), de obesidade 27,7% (homens, 30%; mulheres, 27,3%), de dislipidemia 16,6% (homens, 17,5%; mulheres, 15,7%), de diabetes 16,0% (homens, 5%; mulheres, 17,6%) e de HVE pelo índice de massa ventricular esquerda 27,7% (homens, 35%; mulheres, 26,6%). A média da pressão arterial sistólica mostrou uma tendência de aumento com a redução do nível sócioeconómico (I tercil, 140,6±22,5; II tercil, 132,3±24,8; III tercil, 129,9±21,7 mmHg). Entretanto, a classe socioeconómica média apresentou maior frequência de HTA (45%), dislipidemia (87%), diabetes (34,8%) e HVE (39,3%).Conclusão: A frequência de HTA, dislipidemia, diabetes e HVE é elevada em profissionais de enfermagem do HGB sugerindo um efeito importante das alterações metabólicas e da sobrecarga cardíaca sobre o risco cardiovascular. Os dados apontam para a necessidade de novos estudos e da adopção de medidas de prevenção, tratamento e controlo das doenças cardiovasculares neste grupo particular.