Juliane Albernás Borges, Marina de Melo Reis, Rodolfo Carlos dos Santos Silva Filho, Thaynara Rosane Araujo Braga, Jéssica Fernanda Corrêa Cordeiro, Alynne Christian Ribeiro Andaki
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Participaram n=778 pais de crianças de três a 10 anos de idade. A prevalência do transtorno de ansiedade nas crianças foi de 1,7%. Crianças de pais analfabetos e com ensino fundamental II incompleto apresentaram razão de prevalência (RP) = 4,24 [(IC95%: 1,03 – 17,46), p=0,045] maior de transtorno de ansiedade que às crianças de pais com nível superior completo a pós-graduação, enquanto as crianças de pais com ensino fundamental a superior incompleto apresentaram uma RP = 2,64 [(IC95%: 0,72 – 9,72), p=0,045] em comparação às crianças de pais com nível superior completo a pós-graduação. Crianças com alterações nos padrões alimentares apresentaram uma RP = 11,10 [(IC95%: 1,59 – 77,42), p = 0,015] maior de transtorno de ansiedade, em relação às crianças que não possuíam alterações nos padrões alimentares. 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PREVALÊNCIA DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE E FATORES ASSOCIADOS EM CRIANÇAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UM ESTUDO TRANSVERSAL
O objetivo do estudo foi verificar a prevalência do transtorno de ansiedade e fatores sociodemográficos, comportamentais e aspectos de saúde associados em crianças de três a 10 anos de idade, durante a pandemia da COVID-19. Estudo de delineamento transversal, realizado na região do Triângulo Mineiro, estado de Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se a Escala Spence de Ansiedade Infantil, versão para os pais, para avaliar os sintomas das principais perturbações de ansiedade em crianças. Para comparar proporções utilizou-se o teste Qui-quadrado, os fatores associados ao transtorno de ansiedade foram encontrados por Regressão de Poisson, com intervalo de confiança de 95%. Participaram n=778 pais de crianças de três a 10 anos de idade. A prevalência do transtorno de ansiedade nas crianças foi de 1,7%. Crianças de pais analfabetos e com ensino fundamental II incompleto apresentaram razão de prevalência (RP) = 4,24 [(IC95%: 1,03 – 17,46), p=0,045] maior de transtorno de ansiedade que às crianças de pais com nível superior completo a pós-graduação, enquanto as crianças de pais com ensino fundamental a superior incompleto apresentaram uma RP = 2,64 [(IC95%: 0,72 – 9,72), p=0,045] em comparação às crianças de pais com nível superior completo a pós-graduação. Crianças com alterações nos padrões alimentares apresentaram uma RP = 11,10 [(IC95%: 1,59 – 77,42), p = 0,015] maior de transtorno de ansiedade, em relação às crianças que não possuíam alterações nos padrões alimentares. Concluiu-se que as variáveis que associaram ao transtorno de ansiedade foram o nível de escolaridade dos pais e alterações dos padrões alimentares das crianças.